quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

METANFETAMINAS NAS RAVES

Metanfetaminas chegam nas raves
A droga mais difundida nas raves da Europa não é mais o ecstasy, e, sim, a droga dos cavalos, como mostra a revista italiana Panorama On-line, edição de 29 de novembro de 2007. O consumo de cocaína continua crescendo, como admite o relatório da ONU 2007 sobre drogas. Mas o que as autoridades têm constatado é que os jovens estão cada vez mais buscando novas aventuras e procuram drogas de maior potência. O ´Shaboo´ ou ´crystal´ e a ´Special K´ ou ´droga dos cavalos´ são exemplos de entorpecentes que basta uma dose minúscula para um efeito devastador. Sintética, o ´ Shaboo´ tem o nome científico de cloridrato de metanfetamina. Possui o aspecto de pequenos cristais brancos e provoca excitação, alucinações, instintos suicidas e homicidas. Até agora, era considerada uma droga étnica, isto é, exclusiva da comunidade filipina, mas começa a ser disseminada pela Europa, a partir da Itália. Trata-se de perigosa droga cujos efeitos são entre 8 a 9 vezes maiores do que a cocaína. A droga é fumada com um cachimbo semelhante ao utilizado pelos usuários de crack e basta duas inalações para conseguir o ´barato´. Causa dependência rápida. Os efeitos vão de fobias, sensação de poder voar, violência até de perda de sono por até três dias seguidos. A ketamina é uma droga pesada usada para fins de anestesia, sendo hipnótico com características de analgésicos, conhecida como remédio para cavalo. A droga foi desenvolvida na década de 1960, tendo sido sintetizada pela primeira vez, em 1962, nos laboratórios Parke Davis. Em 1965, foi descoberto o seu poder anestésico. A ketamina é usada com fins recreativos sob a forma de pó branco(IS). OBID
Fonte: : DIÁRIO DO NORDESTE-CE

sábado, 26 de janeiro de 2008

ANJOS DAS ESTRADAS

Os anjos das estradas


As rodovias federais que cortam o Distrito Federal continuam a apresentar números assustadores. De acordo com o Relatório de Operações Diárias da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao todo, 2.454 acidentes foram contabilizados, no ano passado, nestas vias, com 125 mortes. Dos 142 atropelamentos registrados, que resultaram em 49 mortes, 45,7%, ou 65, ocorreram na BR–040 (que liga Brasília a Belo Horizonte). A rodovia também foi considerada a mais perigosa em 2007, com 929 acidentes e 43 mortes. Com o objetivo de reduzir as estatísticas, 20 policiais rodoviários realizaram, ontem, campanha de conscientização no Km 7 da pista (entrada de Valparaíso). A campanha, intitulada ´´Trânsito Consciente´´, teve início às 9h e terminou às 12h. Para ajudar na distribuição de panfletos educativos e alertar sobre os cuidados de se dirigir, 30 jovens voluntários se vestiram de anjos e paravam alguns carros que passavam pela rodovia. Uma árvore com a foto de pessoas que morreram em acidentes de trânsito também foi montada no local pela Organização Não-Governamental (ONG) ´´As Árvores de Delma Lemos´´, criada há dez anos com o objetivo de alertar os jovens sobre os perigos do trânsito. ´´Eles morrem mais no trânsito. Quando a gente chama os jovens para a responsabilidade, alguma coisa muda´´, acredita a fundadora da ONG, Delma Lemos. Orientação Segundo o inspetor da PRF, Wenis de Almeida, outro objetivo da campanha é orientar motoristas antes da chegada do Carnaval, época em que a quantidade de acidentes aumenta. Para ele, a imprudência e falta de atenção, aliadas ao consumo de bebida alcoólica, fazem com que centenas de pessoas morram diariamente nas estradas brasileiras. Não apenas estes fatores, mas também a falta de sinalização e estradas ruins, contribuem cada vez mais com um trânsito violento. Segundo Almeida, no caso específico da BR–040, o maior problema são os atropelamentos. ´´Apesar de ter a passarela, muitos ainda insistem em passar pela rodovia´´, explica. Não foi difícil flagrar pedestres se arriscando em meio aos carros. No Km 8, a poucos metros da passarela, a reportagem do Jornal de Brasília presenciou dezenas de pessoas que preferem se arriscar atravessando na pista. O autônomo Antônio Elias, 62 anos, tentava passar quando foi reprimido pela buzina de um caminhão. ´´A passarela é mais segura mesmo. Eu passei (na pista), mas não aconselho ninguém a fazer o mesmo´´, admite. Por enquanto, o trabalho é de conscientização, mas, durante o Carnaval, quem for pego alcoolizado ou desrespeitando as leis de trânsito será punido com rigor, garante a Polícia Rodoviária Federal.

Autor: Mara Puljiz/Cidades

Fonte: Jornal de Brasília-DF

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

VERGONHOSO!

Diariamente, 150 mil bêbados ao volante


Diariamente, 150 mil bêbadis ao volante Muitos acidentes decorrem do consumo de bebidas, como detectou pesquisa BRASÍLIA - Dados preliminares de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde demonstram que, todos os dias, transitam nas ruas das capitais brasileiras 150 mil motoristas embriagados. São homens que beberam antes de dirigir pelo menos cinco doses de bebidas e mulheres que ingeriram pelo menos quatro doses. ´Vivemos em uma situação limite. Há uma passividade da sociedade brasileira diante destes delitos. É preciso uma atitude mais pró-ativa", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O ministro defende normas mais rígidas para concessão da Carteira Nacional de Habilitação. "Muitas pessoas não têm condições nem mesmo de dirigir patinete", observou. Entre as medidas possíveis, estaria uma melhor avaliação das condições psicológicas do motorista. Ele também diz ser favorável à ampliação das penas de multa para motoristas reincidentes, equivalente ao valor do carro, como está em estudo por um grupo de trabalho no Ministério da Justiça. "Tudo o que fizer o motorista ser mais responsável, eu defendo". O ministro reconheceu que as duas medidas anunciadas ontem pelo governo para reduzir o consumo excessivo de álcool dependem de apoio da população. O "Diário Oficial" da União publicou Medida Provisória proibindo a venda de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais. O governo também enviou ao Congresso um projeto de lei alterando a classificação de bebidas alcoólicas para efeito de propaganda. "Estas são as minhas prioridades para 2008. Vou trabalhar no Congresso para aprovação das duas propostas", disse. Em São Paulo uma lei semelhante já proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias está em vigor. A lei nunca foi aplicada de forma adequada. "Para pegar, é preciso que a população também reconheça a necessidade da medida, respeite a proibição. E que haja boa fiscalização", completou. Temporão defendeu ainda a proibição da venda de bebidas em postos de gasolina. "Este tem de ser o próximo passo. A violência no trânsito é uma verdadeira epidemia, que tem de ser combatida com todos instrumentos possíveis". Feita por telefone, a pesquisa detectou também um aumento expressivo da população que bebe de forma abusiva. Edição da mesma pesquisa em 2006 demonstrava que 16,1% bebia de forma exagerada. Em 2007, a população com este mesmo perfil subiu para 17,5%. "É um número preocupante. Precisamos trabalhar de forma intensa, com medidas de redução de danos, de prevenção, para reduzir esse tipo de comportamento".
Autor: País/cidades
NA MINHA OPINIÃO QUEM BEBE E DIRIGE DEVE IR DIRETO PRA CADEIA!
SE QUER SE MATAR, SE MATE SOZINHO, MAS NAO COLOQUE VIDA DE OUTRAS PESSOAS Q NAO TEM NADA HAVER COM A HISTORIA EM RISCO!
Fonte: Tribuna da Imprensa-RJ

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

SERÁ???

OMS: cigarro com pouco alcatrão também é letal


A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que os cigarros com baixo teor de alcatrão são tão prejudiciais à saúde quanto os comuns, em resposta a um anúncio do Governo chinês que destaca que o nível de alcatrão em seus cigarros foi reduzido em 2007.

"Todos os produtos do tabaco, inclusive os cigarros ´com baixo teor de alcatrão´, são mortíferos", afirma em comunicado o representante da OMS na China, Hans Troedsson, que acrescenta: "Simplesmente não existe nenhum produto do tabaco que seja seguro".

A OMS se refere a um artigo publicado na quarta-feira no jornal "China Daily", por parte da Administração Estatal do Monopólio do Tabaco na China, que garante que o conteúdo de alcatrão dos cigarros diminuiu em 2007.

"A quantidade de alcatrão nas marcas de cigarros chineses foi reduzida em 2007 para 13,2 miligramas por unidade", disse Zhang Xiulian, um porta-voz da instituição. Em 2004 o volume era de 13,6 miligramas.

O conteúdo máximo de alcatrão por unidade foi registrado nos anos 70, com 30 miligramas.

A indústria de tabaco chinesa gerou em 2007 lucro de US$ 53,6 bilhões, de acordo com a Administração.

O Governo garante que o valor é inferior ao investimento feito em campanhas de controle e prevenção do uso de tabaco, enquanto a OMS afirma exatamente o contrário.

A China é o maior produtor e consumidor de tabaco no mundo.

Segundo o Ministério da Saúde, no país há mais de 350 milhões de fumantes e cerca de um milhão de pessoas morrem todos os anos por causa de doenças relacionadas ao tabaco, número que pode subir para 2,2 milhões em 2020, de acordo com a OMS.
OBID Fonte:

Terra notícias

DIREITOS?

Direito dos fumantes em xeque
Nos meses de novembro e dezembro, a Secretaria de Saúde do Recife, em parceria com a ONG Aliança de Controle de Tabagismo no Brasil (ACTBR), realizou uma pesquisa sobre a qualidade do ar em estabelecimentos de entretenimento. Ao todo, 15 casas foram fiscalizadas, entre bares, restaurantes e boates. Na última segunda, a secretaria recebeu o resultado de nove desses estabelecimentos. O restante chega na próxima semana. A pesquisa visou verificar a fumaça ambiental de tabaco (FAT). A FAT é a mistura de gases, vapores e partículas provenientes da queima do tabaco no ato de fumar. Ela é composta pela fumaça que sai da ponta do produto (cigarro, charuto, cachimbo, narguilé, etc.) quando ele não está sendo tragado e pela fumaça exalada pelo fumante. Essa medição verificou ambientes que têm um bom nível de ar e outros que são extremamente nocivos, onde pessoas com problemas cardíacos ou respiratório, idosos e crianças não podem freqüentar. Na lista dos extremamente nocivos: Jardins, Downtown e a Fashion Club, a casa que teve maior pico de fumaça ambiental. “O resultado é alarmante, porque a qualidade do ar está problemática. Além desse problema, em boates há o gelo seco, que é dióxido de carbono solidificado. Um ambiente como esse, com forte teor de FAT e ainda mais com gelo seco, potencializa o risco de doenças cardiovasculares”, destacou Maristela Menezes, da Secretaria de Saúde do Recife. “Há donos de estabelecimento que acreditam que têm um excelente equipamento de ventilação. Mas pesquisas mostram que, para se extinguir os males do cigarro, é preciso um equipamento que tenha a força de um tufão”, completou. (S.C.) OBID
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO-PE

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

ESQUEMA DESMONTADO

POLÍCIA DESMONTA ESQUEMA DE TRAFICO
Policiais Militares que atuam na Operação Viva o Verão, desmontaram um grande esquema de distribuição de droga no litoral, que iria abastecer usuários no carnaval. Duas apreensões, realizadas na segunda-feira, demonstram a intenção de estocar cocaína e crack. A última ocorreu durante a noite, em Pontal do Paraná, quando foram tirados de circulação 1,5 quilos de crack, o suficiente para fabricar, segundo a PM, 15 mil pedras da droga, de 0,1 grama cada. No fim da tarde, em ação conjunta com a Polícia Federal, foram apreendidos dois quilos de cocaína pura, em Pontal do Paraná e Paranaguá. Quatro pessoas foram detidas e dois carros, apreendidos.A apreensão do crack foi feita por equipes da Polícia Militar, numa abordagem no balneário de Canoas. Três pessoas acusadas de ligação com o esquema de distribuição de droga no município foram detidas. Um dos acusados, que é taxista em Morretes, tinha 1,5 quilo da droga no carro. Ele foi abordado junto com um casal, um rapaz de 22 anos e a namorada dele, de 21 anos. Esse jovem é, segundo a polícia, um dos principais controladores do tráfico em Pontal do Paraná. A cocaína foi apreendida em duas ações, coordenadas, entre a Polícia Federal e a Polícia Militar. Em Paranaguá, a Polícia Federal abordou e prendeu um rapaz, de 29 anos, com 1 quilo de cocaína pura. Enquanto isso, policiais militares que atuam na Operação Viva o Verão cumpriam, no balneário de Praia de Leste, em Pontal do Paraná, mandado de busca e apreensão na casa dele. No local mais 1 quilo de cocaína pura foi apreendido.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

TABAGISMO X CIRURGIA PLÁSTICA

Tabagismo é risco para cirurgia plástica
Nos Estados Unidos, cirurgiões estão deixando de operar pacientes que fumam mais de um maço por dia A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 5 milhões de pessoas morrem anualmente de doenças relacionadas ao cigarro - só no Brasil, são 80 mil mortes anuais. Os 56 milhões de fumantes brasileiros têm 20 vezes mais chance de desenvolver câncer de pulmão do que uma pessoa que não fuma. E num mundo voltado para a beleza como o nosso, a primeira vítima do tabagismo é a aparência do fumante. A grande vilã da história é a nicotina - um líquido tóxico existente nas folhas do tabaco e que já era utilizado em 1690, na França, como inseticida. "Além de causar a dependência, a substância tem efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea. Ou seja, reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando o aporte de oxigênio e de nutrientes que as células recebem por meio do sangue. Como consequência, a pele perde o viço e começa a envelhecer precocemente", afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada. No Brasil, o cigarro ainda é responsável por 97% das mortes por câncer de laringe, 25% por doença do coração, 85% por bronquite e enfisema pulmonar e 25% por derrame. Além disso, são sete vezes maiores as probabilidades de se ter úlcera e câncer de estômago. A vasoconstrição causada pela nicotina compromete o processo de cicatrização após as cirurgias. Durante uma cirurgia que envolve o descolamento do tecido cutâneo, há uma natural diminuição da vascularização. Ou seja, a associação desses dois fatores: cigarro + cirurgia potencializa os efeitos negativos sobre a pele. Por essa razão, cirurgiões plásticos americanos estão deixando de operar pacientes que fumem mais de um maço de cigarros por dia. Além do risco de necrose e gangrena, há possibilidade de abertura da sutura e de a pele voltar a enrugar em razão da menor sustentação dos tecidos. Segundo Ruben Penteado, "devido ao seu efeito vasoconstritor, o cigarro reduz a oxigenação do fluxo sanguíneo e retarda o processo de recuperação no pós-operatório. Além disto, compromete o sistema respiratório, deixando o paciente mais suscetível a infecções, problemas de cicatrização, necrose e intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias", explica o médico. Sem dúvida, ninguém desconhece a influência do fumo no câncer de pulmão, em outros tipos de câncer e nas enfermidades cardíacas. "Entretanto, a maioria das pessoas não sabe que existe uma relação causal entre o tabagismo e as complicações pós-cirúrgicas. Há, de fato, a necessidade de muita educação e divulgação para que as pessoas realmente sejam melhor informadas sobre este fator de risco, que é modificável, por isso mesmo é tão importante", defende o diretor do Centro de Medicina Integrada. OBID
Fonte: FOLHA DE LONDRINA-PR

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

PALHAÇADA!!!

Internautas xingam blogueira que denunciou alcoolismo no "BBB"
A blogueira que denunciou o "Big Brother Brasil 8" por incentivo ao alcoolismo passou a ser xingada por internautas, em sua página na web. A gaúcha Maristela Bairros, do blog Clínica da Palavra, é uma das 14 brasileiras que encaminhou ao Ministério da Justiça uma queixa contra o reality show da Globo. Em sua reclamação, ela argumentou que o programa incentiva nos jovens o consumo abusivo de bebida.
Na madrugada da última quarta-feira, os integrantes da casa
tomaram um porre, e uma participante (Tathiana, 21) chegou a se machucar com tombos. Seus colegas cogitaram chamar a equipe médica para realizar um atendimento. A Globo só exibiu as cenas mais constrangedoras (palavrões e intimidades, como a menstruação de Tathiana) em pay-per-view.
A blogueira informa que passou a receber "comentários ofensivos" em seu blog após a divulgação de sua denúncia contra o programa. Entre os termos publicáveis usados pelos agressores, estão "mal-amada", "moralista" e "censora".
Enquete realizada pela Folha Online (a votação ainda está aberta) questiona os internautas se o programa da Globo realmente incentiva o alcoolismo. Responderam "sim" 83% dos participantes. Até 17h deste domingo, a enquete já havia recebido mais de 2.900 votos.
O Ministério da Justiça divulga, em seu site, como deve ser feito o
envio de denúncias contra a programação da TV aberta. O monitoramento é feito por uma equipe técnica por um prazo de 30 dias.
Globo corta bebidas após denúncia
Após o registro da denúncia no Ministério da Justiça, a Globo decidiu reduzir a oferta de bebidas alcoólicas na festa do "Big Brother". Nesta madrugada, participantes reclamaram da falta de cerveja. Caso o governo detecte algum abuso no conteúdo do programa, a Globo poderá ser obrigada a mudar o horário de exibição do reality show
Atualmente, a atração tem classificação indicativa de 16 anos e só pode ir ao ar na TV aberta depois das 22h (horário de Brasília).
Já os especialistas ouvidos pela reportagem
desaconselham o programa para crianças. Se a emissora carioca tiver de colocar o "BBB" em um horário mais tarde, a audiência tende a ser menor, prejudicando a exposição das marcas dos anunciantes.
Desacostumado com a crítica
Procurada pela Folha Online, a assessoria de imprensa do "Big Brother Brasil" preferiu silenciar sobre os questionamentos e orientou a reportagem a procurar o Ministério da Justiça. O diretor do programa, J.B. de Oliveira, o Boninho, só aceita dar entrevistas por e-mail, estratégia que controla declarações, evita assuntos incômodos e não permite o contraditório.
A Folha Online apurou que a ordem de Boninho na Central Globo de Comunicação é boicotar o trabalho de jornalistas que publicam críticas sobre o programa. Oficialmente, a emissora nega essa orientação e explica que seu diretor é um homem muito ocupado, por isso prefere falar por e-mail.
O "Big Brother" estreou na última terça-feira (8) após a novela "Duas Caras". O programa é a
maior fonte de faturamento da Globo no verão e também a maior audiência da TV brasileira no período. Alguns dos 14 participantes escolhidos possuem algum tipo de relacionamento com as Organizações Globo. Na fase de seleção, a emissora recebe, gratuitamente, milhares de fitas de vídeo e exibe os mais curiosos e bizarros. A propaganda do pay-per-view do "BBB" destaca o conteúdo oferecido: cenas de banho, intrigas e barracos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

CIGARRO E ÁLCOOL

Cigarro e álcool são os vilões do câncer
Os hábitos de vida estão na origem de muitos tumores malignos. Dentre os vilões, o tabaco está relacionado ao desenvolvimento de câncer de laringe, pâncreas, boca, mama, bexiga e esôfago.A maioria dos casos de câncer (80%), segundo o Instituto Nacional do Câncer - Inca, está relacionada ao meio ambiente, onde se encontra grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos), o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). Dentre os hábitos de vida, quem bebe e fuma corre muitos riscos. Assim como o cigarro, o excesso de álcool está relacionado ao surgimento de câncer porque também interfere nas mutações celulares. Combinado a outros fatores maléficos, o uso abusivo de álcool potencializa o desencadeamento do câncer. Aumenta o risco para tumores da cavidade oral, esôfago e fígado. Isso porque o álcool inibe a absorção das vitamina A, D, E e K, que são protetoras do epitélio. Torna mais fácil a entrada dos carcinógenos que estão no tabaco. A bebida também desencadeia outros comportamentos desregrados, como a má alimentação. O cigarro é o grande vilão do câncer de pulmão, principal causa de morte por neoplasia maligna em todo o mundo. Quanto maior o tempo de vício, maior o risco da doença. Além de ser associado ao câncer de pulmão, o tabaco também está relacionado ao desenvolvimento de câncer de laringe, nariz, pâncreas, boca, mama, bexiga, esôfago e colo do útero. O câncer de pulmão é um tumor extremamente agressivo e silencioso. Sintomas como de tosse persistente, asma ou bronquite, falta de fôlego e dor no peito costumam surgir quando já há estágios avançados. A Sociedade Americana de Cancerologia, conforme o Inca, estimou para 1998 cerca de 175 mil mortes por câncer causadas pelo uso do tabaco e mais 19 mil mortes relacionadas ao uso excessivo de álcool, freqüentemente ligado ao uso do tabaco.
Fonte: Jornal O Povo

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

TABAGISMO PASSIVO

Tabagismo passivo aumenta risco de alergia em crianças


Crianças expostas à fumaça de cigarro têm um risco maior de sofrer alergias do que as outras. Alergias a poeira doméstica e pêlos de gatos são as mais comuns.

A conclusão veio de um estudo realizado pela Universidade de Uppsala, na Suécia. Os pesquisadores buscaram determinar a influência do tabagismo passivo durante a gravidez e durante os primeiro anos de vida das crianças.

Mais de 4.000 famílias com crianças responderam a questionários que determinavam a presença de fatores ambientais e sintomas alérgicos nas fases inicias da vida dos pequenos.

Para comprovar as evidências levantadas nos questionários, as crianças foram submetidas à dosagem dos anticorpos do tipo IGe, envolvidos nos processos alérgicos, no sangue. O exame testava as reações às substâncias alérgicas alimentares e respiratórias mais comuns.

Os resultados mostraram que o tabagismo passivo durante a gravidez não trazia diferenças na presença de alergias, porém as crianças que foram expostas à fumaça de cigarros a partir dos dois meses até os quatro anos apresentavam um aumento de 30% no risco do desenvolvimento de alergias.

Os números obtidos na pesquisa, que está na revista médica ´´Thorax´´ deste mês, mostraram que o efeito alérgico é cumulativo e especialmente elevado para alergias a alimentos e respiratórias.

Eis mais uma evidência que mostra que a fumaça dos cigarros deve ser mantida o mais longe possível das crianças.

Fonte: GOIÁS NET ONLINE / O POPULAR ONLINE

ANTI ANFETAMINAS

Norma torna mais rígida venda de remédio para emagrecer
Comprar remédios para emagrecer ficou mais difícil no Brasil. Em vigor desde ontem, uma resolução (nº 58/2007) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) torna mais rígida e criteriosa a prescrição de anorexígenos. A iniciativa tem como objetivo diminuir os danos pelo uso abusivo dessas drogas. Caso haja infração, os responsáveis poderão ser multados em até R$ 1,5 milhão. Uma das determinações é a mudança do tipo de receita. Até então, os anorexígenos eram prescritos com receitas tipo B, de cor azul. Com a nova regra, as prescrições deverão ser feitas com receita tipo B2, também azul, mas específica para esse novo modelo. A resolução proíbe também a prescrição de medicamentos ou fórmulas manipuladas que associem anorexígenos a diuréticos, antidepressivos, hormônios ou outras substâncias com ação medicamentosa. O endocrinologista Paulo Augusto Carvalho Miranda, secretário da Sociedade Mineira de Endocrinologia, diz que "muitas pessoas usam esses remédios sem a real necessidade e alguns médicos os prescrevem de forma errada". OBID
Fonte: O TEMPO-MG

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

FUMO PROIBIDO NOS TAXIS DE TOKYO

Fumo é proibido em 95% dos táxis de Tóquio
Aproximadamente 52 mil táxis da cidade de Tóquio, cerca de 95% de seu total, proíbem a partir de hoje o fumo em seu interior, o que faz com que a metade destes veículos em todo o Japão fique livre de fumaça, informou a agência de notícias "Kyodo". Além disso, espera-se que os cerca de três mil táxis da capital japonesa que não adotaram hoje esta restrição façam isso em breve, segundo responsáveis do setor. A proibição entrou hoje em vigor nos 34 mil veículos filiados à associação Tóquio Táxi, que reúne 389 das 436 empresas de táxis da capital japonesa, e nos 18 mil carros da associação Tóquio Tojin. O fumo já foi banido de 120 mil táxis de 15 das 47 províncias do país, e a proibição será ampliada nos próximos meses em Gunma, Okinawa e Nara. OBID Fonte:FOLHA DE S.PAULO ONLINE

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

É NOTÍCIA

Polícia acha metralhadora na casa de jovem de 16 anos detida com cocaína em bar

Uma adolescente de 16 anos escondeu um papelote de cocaína dentro da roupa de seu filho, um bebê de quatro meses, para tentar escapar de uma vistoria de policiais militares, na madrugada de ontem (6). Ela estava em um bar no Jardim Cumbica com outro rapaz, de 18 anos. A operação policial começou perto do estabelecimento e terminou na casa da garota, com a apreensão de mais drogas e de uma metralhadora. Não houve troca de tiros. Além da menina e do rapaz, mais quatro pessoas foram detidas.

De acordo com a Secretaria estadual de Segurança Pública, por volta das 3h, os policiais militares abordaram um garoto de 15 anos na avenida Damião Lins de Vasconcelos. Ele teria tentado se livrar de um pacote com maconha na rua antes de ser abordado pelos PMs. Os policiais afirmaram ter visto o rapaz jogando o pacote na rua. Em seguida, foram para o bar, perto do local da abordagem.

No estabelecimento, a polícia encontrou um homem de 38 anos e a adolescente com o bebê no colo. Debaixo da roupa da criança, os policiais disseram ter encontrado um papelote de cocaína. Com a jovem, foram apreendidos R$ 500. O homem disse à polícia que seria o usuário das drogas encontradas. Ele tinha duas notas de R$ 50, aparentemente falsas, que também foram apreendidas.

Os policiais foram em seguida para a casa da garota, na rua Bento Gonçalves, perto do bar. Lá encontraram uma submetralhadora calibre 9 milímetros e dois papelotes de cocaína. Três homens que estavam no local foram detidos.

O grupo e o material apreendido foram levados para o 7º DP (São João). Os maiores de idade foram presos e encaminhados ontem para o Centro de Detenção Provisória, na Cidade Satélite de Cumbica. Os dois adolescentes estão à disposição da Vara da Infância de Guarulhos. A polícia não soube informar se o bebê foi entregue a familiares ou se está sob cuidados do Estado.
Veja Quem Tem Razão!
Você vive num quarto escuro e fechado e diz estar aberto para o mundo.Você diz que ninguém fala a verdade, no entanto, mente o tempo todo para você mesmo.Fala que ninguém o deixa viver em paz, contudo, vive cheio de agressividade.Você quer toda liberdade do mundo, porém, vive com medo de ser preso.Você grita que é forte e que sabe o que faz, mas, receia a própria sombra.Você pede para que lhe deixem voar, entretanto, vive fora do ar ou no fundo do poço.Você vive dizendo que quer ganhar muito dinheiro, todavia, queima tudo o que você ganha e o que tem.Você diz que precisa de uma chance, mas, joga todas as chances fora.Você vive dizendo que quer ter amigos, no entanto, não percebe que é seu maior inimigo.Você se diz muito esperto e que não leva desaforo para a casa, porém, aceita ser dotado por quem lhe escraviza.Você quer um pedacinho do Céu e não percebe que faz da sua vida um completo inferno.Você caminha a passos largos para a morte e diz que isso é vida.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA SE COMBATE COM RAZÃO, AMOR E VERDADE.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

ÁLCOOL NA GRAVIDEZ

Uso de álcool na gravidez traz riscos ao bebê
A ingestão de álcool durante a gravidez pode acarretar uma série de problemas na formação do feto. A manifestação mais severa é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) que causa desde malformações craniofaciais, retardamento no crescimento até a incapacidade de desenvolvimento mental.
O fato de um grande número de mulheres beberem socialmente e a maioria das gestações não serem planejadas aumentam o risco de ocorrer a SAF. "Pode haver um desconhecimento do estado gestacional nos primeiros meses. Isso implica muitas vezes na exposição do embrião ao etanol, principalmente no período mais crítico e sensível da gestação", explica Cristiana Corrêa, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Geralmente, a incidência da SAF oscila entre 0,4 a 3,1 casos por 1000 nascimentos. Entre os filhos de mães alcoolistas estima-se que 30% a 40% dos recém nascidos venham a apresentar a doença. Ainda não foi definida a quantidade mínima de álcool ingerida capaz de afetar o feto.
As maiores conseqüências da SAF são: restrição no crescimento, com decréscimo inferior a 10% no peso e no comprimento; envolvimento do Sistema Nervoso Central, apresentando, entre outros problemas, disfunção comportamental, hiperatividade e dificuldade de adaptação social, e anomalias faciais.
A prevenção da SAF, na opinião de Corrêa, só será possível através de um sistema articulado de intervenção terapêutica na mãe alcoolista, programas educacionais nas comunidades, identificação precoce da doença e acompanhamento das crianças afetadas pela síndrome.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

DEPENDÊNCIA DO BRASILEIRO

Brasileiros são mais dependentes em álcool, tabaco e maconha

A pesquisa mais recente sobre drogas verificou que 11,2 % da população brasileira é dependente de bebidas alcóolicas, 9% de tabaco e 1% de maconha. No primeiro levantamento domiciliar sobre drogas, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), foram ouvidas 8.589 pessoas de 12 a 65 anos, entre outubro e dezembro de 2001, nos 107 municípios com população superior a 200 mil habitantes.

Não fizeram parte da estatística, as pessoas que utilizam drogas esporadicamente. A freqüência de uso diferencia o usuário ocasional do dependente. Nem todos os usuários de drogas vão se tornar dependentes. Alguns continuarão usando-as de vez em quando, enquanto que outros não conseguirão controlar o consumo, usando-as de forma intensa, em geral quase todos os dias, e agindo de forma impulsiva e repetitiva. O grande problema é que não dá para saber entre as pessoas que começam a usar drogas, quais serão usuários ocasionais e quais se tornarão dependentes.

"Uma grande parte das pessoas se envolverá em uso ocasional, porém outra parte se tornará dependente, possivelmente devido a uma memória que a droga cria no cérebro. Memória esta que é despertada principalmente em diversas situações emocionais e ambientais. Nessas situações, através de mecanismos desconhecidos, o indivíduo sente necessidade da droga. Existem vários modelos propostos para explicar este fenômeno, mas nenhum comprovado definitivamente", afirma Ivan Braun, médico supervisor de residentes junto ao Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

A predisposição biológica maior de algumas pessoas pode explicar, em parte, porque alguns usuários se tornarão dependentes. Essa predisposição, de acordo com Braun, está relacionada a diferenças na metabolização das drogas, ou seja, o efeito das drogas sobre o cérebro, mais especificamente, sobre os sistemas de gratificação cerebrais. Há também a predisposição genética. A incidência de alcoolismo em filhos de pais dependentes de álcool é de três a quatro vezes maior do que entre os filhos de não dependentes. Estudos em gêmeos também tendem a confirmar esta predisposição.

Dependência é doença
As bebidas alcoólicas são as drogas cujo consumo é mais antigo e abrangente. Por isso, a dependência do álcool foi a primeira a ser debatida e foi a que norteou a evolução do conceito da dependência das demais drogas. Na versão atual da Classificação Internacional das Doenças (CID) foram incluídas a síndrome de dependência do álcool - que substitui o termo alcoolismo - e de todas as substâncias psicoativas em uma mesma categoria, a de Transtornos Mentais de Comportamento decorrentes do uso de substâncias. A drogadicção vem sendo considerada uma doença recidivante e crônica, caracterizada pela busca e consumo compulsivo de drogas.

Ana Regina Noto, do departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Cebrid, destaca que o início dos debates sobre o uso problemático de bebidas alcoólicas girou em torno de duas posições divergentes: o conceito moral e o conceito médico. Durante muitos anos imperou a visão moralista, para qual o uso de álcool e outras drogas era considerado uma falha de caráter. Esse conceito representou um grande obstáculo na consideração do uso de drogas como um problema de saúde.

Atualmente, a síndrome de dependência é definida na CID como "um conjunto de fenômenos fisiológicos ou comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância, ou de uma classe de substâncias, alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor. Uma característica descritiva central da síndrome de dependência é o desejo de consumir drogas psicoativas, álcool ou tabaco. Pode haver evidência de que o retorno ao uso da substância, após um período de abstinência, leva a um reaparecimento mais rápido de outros aspectos da síndrome do que o que ocorre com indivíduos não dependentes".

Alterações fisiológicas e comportamentais
A medicina define droga como sendo qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. As drogas são classificadas como depressoras, estimulantes ou perturbadoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC). As depressoras da atividade do SNC são as que diminuem a atividade do cérebro, deixando o indivíduo "desligado". Entre as drogas desse tipo estão o álcool, os medicamentos barbitúricos (promovem o sono) e os ansiolíticos (calmantes), inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores).

As substâncias que aumentam a atividade do cérebro, ou seja, estimulam o funcionamento fazendo com a pessoa fique "ligada", "elétrica" são as estimulantes do SNC. As principais são as anfetaminas, nicotina e cocaína. O terceiro grupo é constituído pelas drogas que agem modificando qualitativamente a atividade do cérebro. As drogas pertubadoras, tais como a maconha e os anticolinérgicos, fazem com que o cérebro funcione fora do seu padrão normal.

As alterações cerebrais e os prejuízos no funcionamento do organismo são específicos para cada droga. Os efeitos neurológicos do uso contínuo da maconha são a dificuldade de aprendizado, retardamento de raciocínio e lapsos de memória. Mais graves são as conseqüências da cocaína. Seu uso está associado a complicações cardiovasculares e neurológicas graves. Um estudo realizado pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), do departamento de Psiquiatria da Unifesp, em 30 dependentes de cocaína, verificou que 80% apresentavam alterações funcionais cerebrais, acompanhadas, em alguns casos, de comprometimento de funções cognitivas.

No âmbito da saúde pública, as drogas mais preocupantes são o álcool e o tabaco. O álcool é responsável por mais de 80% dos casos de internações hospitalares por dependência. Um em cada 10 homens brasileiros é ou já foi dependente de álcool. Os danos cerebrais causados pelo álcool são provavelmente irreversíveis a partir de um certo grau de comprometimento.

Entre as 25 doenças relacionadas ao hábito de fumar são causas de morte, em ordem de incidência, as doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias. A expectativa de vida de um indivíduo que fuma é 25% menor que a de um não fumante.

As alterações na função cerebral persistem por muito tempo depois da pessoa parar com o uso da substância. É a síndrome da abstinência. Na falta da droga os dependentes podem apresentar uma série de sintomas. No caso da maconha, os principais sintomas são irritabilidade, ansiedade, dificuldade para dormir, falta de apetite, dor de estômago e depressão. No caso de dependentes de álcool, a abstinência pode ocasionar desde um tremor nas mãos a náuseas, vômitos e ansiedade.

Mudanças diferem entre adolescentes
A dependência provoca reações comportamentais diferentes entre os adolescentes. As mudanças de comportamento são mais evidentes nos meninos. Envolvimento com a polícia, atraso e abandono escolar são mais comuns entre os garotos. Já os sintomas depressivos são mais freqüentes nas meninas.

Pesquisadores do Grea analisaram prontuários de 105 adolescentes de 10 a 17 anos, tratados no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP entre 1993 e 2000, constataram que 90% dos meninos têm atraso escolar acima de um ano, enquanto que nas meninas a porcentagem é de 66%. Por causa das drogas, 78% dos meninos abandonaram a escola contra 52% das meninas.

Os meninos e meninas tratados no Instituto de Psiquiatria começaram a usar drogas com a mesma idade (em média, aos 12 anos). Não há diferença entre os gêneros quanto ao tipo de substância consumida. O álcool é consumido por 100% deles, a maconha por 86,7% e a cocaína por 73,3% das meninas e 64,4% dos meninos. O motivo para o início do uso da droga, em ambos os sexos, é a curiosidade. Essa foi a razão apontada por 78,3% dos meninos. O índice entre as meninas sobe para 81,8%.


Co-dependência

Co-dependência: esforço insano, fadado ao insucesso
A questão da co-dependência pertence à área da Saúde Mental, que passou a se ocupar da mesma, em nível mundial, a partir de 30 anos atrás. No Brasil, os estudos a respeito tiveram início na década de 90. No 5o Congresso Nacional de Amor Exigente em Goiânia (GO), tivemos um painel específico a respeito deste tema, quando, a partir de experiência dos líderes de AE e seus grupos de atuação, constataram-se os seguintes sucessos: 1 – embora seja um assunto novo, está havendo uma conscientização dos coordenadores e membros dos grupos de serem co-dependentes; 2 – quebrando o mecanismo de negação, começam a trabalhar a aceitação de o serem e iniciam a recuperação; 3 – quando isso acontece, o relacionamento do coordenador com o grupo e entre os membros melhora;4 – que já há grupos realizando reuniões quinzenais, para estudar a co-dependência, assim como cursos para coordenadores. A psicóloga Rosinez Aparecida Lourenço participou do Congresso de Amor Exigente e apresentou palestra sobre “Como superar a co-dependência”. Ela acredita que teoricamente, o caminho para se aumentar o conhecimento sobre co-dependência seria através de um estudo da literatura que se tem disponível, pertinente ao tratamento da doença dependência química e aos grupos de auto-ajuda, mesmo que a literatura psicológica tradicional tenha poucas referências ao termo co-dependência. Ela explica que o co-dependente, como qualquer outro indivíduo que apresenta e viva um comportamento disfuncional, não tem consciência de sua co-dependência e, quando se sinaliza esta disfuncionalidade, ele resiste em aceitar e defender-se. Para ajudá-lo, podemos tentar fazê-lo conscientizar-se de seus atos e perceber que é impossível viver controlando o outro, que isto o desgasta física, psicológica e espiritualmente, e é um esforço insano, fadado ao insucesso.É preciso que o co-dependente aceite a realidade de sua vida, encare a verdade dos fatos vividos, se disponha a trabalhar os seus ressentimentos, seus medos, sua baixa-estima e a mudar seu estilo de vida e que não mais canalize suas energias para manter o controle do outro e da situação. O co-dependente tem que ser orientado a perceber que tanto ele quanto a pessoa que tenta controlar estão vivendo uma relação neurótica de ganhos e perdas, com muito mais perdas do que ganhos. A psicóloga acredita que até certo ponto seria difícil um co-dependente coordenar um grupo de outros co-dependentes, sem antes ter elaborado sua própria vivência disfuncional, sem ter trabalhado sua verdade, sua realidade, seus limites. Com certeza, os ajudaríamos, se antes lhe oferecermos ajuda, para, primeiro, o co-dependente cuidar de si e, depois, ajudar o outro. Com relação a dificuldade de fazer a leitura história da vida de quem procura ajuda nos grupos de AE, a psicóloga diz que a leitura histórica da vida de uma pessoa poderá ser feita desde que se crie um “ambiente facilitador” para que esta se coloque. É muito importante saber ouvir o discurso de quem nos procura para ajuda. A princípio, não se deve fazer interpretações precipitadas, projeções pessoais, deve-se apenas ouvir o desabafo. Ao ouvir, podemos fazer uma leitura de suas defesas e desejos, conscientes, inconscientes, para depois, no momento oportuno, sinalizá-las para que a pessoa possa fazer suas elaborações.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

NÃO JOGUE COM A VIDA

Cérebro nunca esquece a droga, afirma psiquiatra

Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta: o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida.

"Quem usa drogas quer ser super-homem", diz. Kalina já tratou de paciente famosos como a atriz Vera Fischer e o ex-jogador de futebol Diego Maradona. Ele atua na área há 32 anos. Nos últimos tempos, tem-se dedicado a estudar a depressão, sobre a qual prepara um livro.


Seguem trechos de entrevista à Folha:

Folha: Por que a depressão virou a cabeça do homem moderno?

Eduardo Kalina: Os motivos são muitos. Temos uma crise de vida no mundo atual, que criou desenvolvimento e, em lugar de criar felicidade para as pessoas, criou infelicidade. Tudo isso favoreceu depressões. A forma de viver é cada vez menos humana. O uso de tóxicos, álcool, tabaco, café cocaína, estimulantes, tudo isso favorece a depressão. Um fator que provocou o aumento da depressão é o fato de que vivemos cada vês menos humanamente. Cada vez viramos mais máquinas, porque temos muito ou porque temos pouco. O homem virou cada vez mais máquina, e as máquinas precisam de combustíveis especiais.

Folha: Fale um pouco do tratamento que o senhor utiliza.

Kalina: São tratamentos integrais, com exames de diagnóstico complexo, para estudar o que acontece no cérebro sem produzir danos às pessoas e para saber como está o seu equilíbrio neuroquímico. Fazemos um diagnóstico psicológico e psicossocial. Pacientes com desequilíbrios importantes precisam de medicamentos para compensar esses desequilíbrios, que não se corrigem sozinhos.

Folha: O que o senhor chama de lado psicossocial?

Kalina: O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a de desenvolver no meio social. Daí a importância do hospital-dia, com estruturas comunitárias.


Folha: O senhor teve pacientes famosos como Vera Fischer e Maradona. Eles se curaram?

Kalina: Não quero falar deles. Quem usou drogas tem que aprender a viver sem drogas, entre os quais o álcool e o tabaco. Pessoas famosas chegam a acreditar que são super-homens ou super-mulheres e não aceitam os limites: não podem tomar nunca mais álcool. Por isso, muitos voltam à droga. Pessoas comuns que têm recaídas são muitas. Quando um famoso tem recaída, todo mundo fala.

Folha: Há cura para a dependência química?

Kalina: A cura significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o corpo nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.

Folha: O que o senhor acha da descriminação da maconha?

Kalina: Sou contra. As pessoas que defendem isso não se preocupam com saúde pública. Há estudos sobre o poder carcinogenético (causador de câncer) da maconha, que é quatro vezes superior ao tabaco.

Folha: Quem fuma só maconha é dependente?

Kalina: É dependente. Quando a pessoa diz "fumo só maconha", quase nunca é verdade. Ela fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas. Assim como se dizia antes que a consciência é solúvel em álcool, hoje, diz que a consciência é solúvel em maconha.

Folha: O senhor escreveu sobre jovens. O que diria aos pais, principalmente aos que usaram drogas?

Kalina: O papel da família é não seguir a linha "faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.

Folha: O senhor não admite o álcool nem em ocasiões sociais?

Kalina: É preciso saber a diferença. De cada 100 pessoas que bebem, 10 viram alcoólatras. Dos que fumam mais de seis semanas, 60% viram fumantes que não podem parar. A cerveja e o vinho, tomados com moderação, têm efeitos negativos mínimos e certos componentes úteis para a vida. O vinho tem aminoácidos, a cerveja tem vitamina B. O uísque, a cachaça, nada disso tem valor para o organismo.