segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Prevenção é sempre a melhor arma
Levar informação, intensificar medidas de prevenção, divulgar os serviços existentes e capacitar profissionais que trabalham na área para elaborar projetos a fim de obter recursos para o enfrentamento ao uso de drogas ilícitas e lícitas foram alguns temas abordados nos dois dias de palestras da 2ª Semana Estadual de Políticas sobre Drogas. O evento teve dois dias encerrados ontem, de discussão no Auditório da Reitoria da UFRN. E seguirá com palestras em instituições ligadas à prevenção e enfrentamento de drogas na capital e no interior do Estado durante toda a semana. Cerca de 300 pessoas participaram dos dois dias, entre profissionais de instituições públicas, privadas e filantrópicas, de áreas da saúde, educação, serviço social, sindicatos e terceiro setor. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), João Maria Mendonça de Moura, a prevenção é um dos focos mais importantes, a partir da conscientização do problema para toda a sociedade. Inclusive, a problemática maior para os especialistas diz respeito ao uso de drogas lícitas como álcool e fumo. Segundo dados informados por ele, o Brasil gasta 7,9% (R$ cerca de 29 bilhões) do seu Produto Interno Bruto (PIB) para resolver problemas ocasionados pelo uso de drogas. Desse percentual, 5,4% é gasto com álcool e 2,2% com o uso da nicotina. "O uso de álcool é a terceira causa de falta no trabalho; a 8ª na concessão de auxílio-doença na Previdência; 75% dos acidentes automobilísticos são provocados pelo uso do álcool; além de estar relacionado também a agressão contra mulheres; homicídios; suicídios, entre outros", citou Moura, atentando para a importância não só de se falar no uso de drogas ilícitas, mas também das drogas, muitas vezes, apresentadas dentro de casa, no seio familiar. Disque ajuda Presente também nos dois dias de evento, o presidente do Conen do Rio Grande do Sul, Edson Rangel, veio divulgar a existência da linha gratuita nacional Viva Voz - Liga pra gente. A gente liga pra você; que atende pelo número 0800 510 0015, que dá orientações e informações sobre prevenção do uso indevido de drogas, tanto a usuários, quanto familiares, professores e profissionais da área da saúde mental, com caráter educativo. Esse serviço gratuito começou há 17 anos naquele estado, obtendo reconhecimento e tornando-se referência, inclusive com indicativos para eventuais políticas públicas. E, desde 2005 tornou-se nacional, fruto de uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. O atendimento atual é de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, com perspectiva de atender 24 horas até meados de 2009.
Autor: Editoria CidadeOBID
Fonte: Diário de Natal - RN

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fumante tem pele mais enrugada e acizentada do que não fumante
Para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto de 2008, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza a campanha "Pare de fumar ou sinta na pele", com o objetivo de esclarecer a população sobre o fumo e suas conseqüências na pele. O tabagismo é um dos maiores problemas de saúde, principalmente, nos países ocidentais. Está relacionado a muitas doenças crônicas, tais como pulmonares, cardiovasculares e alterações da pele. Estudos mostram que as fibras elásticas da pele são afetadas em 100% dos pacientes fumantes. No estudo foi observado que os fumantes têm rugas mais pronunciadas do que as dos não fumantes, 90% e 52%, respectivamente, o que é condizente com a literatura. Segundo o coordenador da campanha dr. Marcus Maia, a pele do fumante fica mais envelhecida porque sofre liberação de radicais livres que causam danos à pele. "A expressão clínica das alterações cutâneas causadas pelo tabagismo foi evidenciada por vários trabalhos. A face do tabagista é definida por aparência acinzentada da pele, com rugas, vincos, linhas nos cantos dos olhos, ao redor dos lábios, numerosas linhas superficiais nas bochechas e região mandibular, proeminência óssea, aprofundamento das bochechas e atrofia da pele", explica. Além disso, fumar causa mais alterações na face do que os efeitos do sol excessivo. O objetivo do estudo realizado pela Santa Casa de São Paulo foi testar a hipótese de uma associação temporal entre o grau de alterações da pele ? "faces de tabagismo" ? e a intensidade da doença pulmonar (enfisema). O estudo confirmou que o tabagismo foi fator de risco independente para presença de alterações características na pele. De acordo com os resultados, houve correlação direta entre o grau de obstrução pulmonar e as alterações na pele. "Atualmente, com a importância cada vez maior que o corpo e a beleza exercem sobre a sociedade, esse fato pode contribuir na luta mundial de combate ao tabagismo. Além disso, especula-se que a pele poderia ser marcador clínico para um futuro desenvolvimento de DPOC (enfisema)", afirma o dr. Marcus Maia.
Autor: Últimas NotíciasOBID
Fonte: ABEAD

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Cigarro dos outros mata 7 por dia no país, diz estudo
Tabagismo passivo faz 2.655 adoecerem por ano.A cada dia, pelo menos sete brasileiros morrem por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça de cigarro. Segundo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, 2.655 não-fumantes, no mínimo, morrem no Brasil todos os anos por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. Mulheres morrem mais (60,3%). Como a pesquisa se limitou a ambientes domésticos urbanos, a extensão pode ser bem maior. ? Se fossem incluídos os ambientes de trabalho, o número de mortes seria certamente mais expressivo ? diz o diretor do Inca, Luiz Antonio Santini. Foram pesquisadas apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto) e acidentes vasculares cerebrais. Definiu-se como fumante passivo aquele que nunca fumou e que mora com pelo menos um fumante. Não fizeram parte da população avaliada fumantes e ex-fumantes. A faixa etária estabelecida foi de 35 anos ou mais. ? Os agravos que estudamos dependem da exposição cumulativa do indivíduo à fumaça do tabaco ? explica Valeska Figueiredo, pesquisadora do Inca que coordenou o estudo com Antonio José Leal Costa, da UFRJ. A pesquisa, inédita no país e, segundo o Inca, uma das primeiras no mundo, é uma das ações pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, este ano com o tema "Ambientes 100% livres de fumo: um direito de todos". ? Fica comprovado que ambientes específicos para fumantes não têm resultado ? ressalta Santini.
Autor: Editoria O PaísOBID
Fonte: O Globo - RJ

sábado, 23 de agosto de 2008

Trânsito: projeto pode criar 'lei seca do cigarro

Marina Mello
Direto de Brasília

A "lei seca dos cigarros", um projeto que proíbe o motorista de dirigir fumando, está em tramitação na Câmara dos Deputados. Apesar das críticas que acompanham a idéia, para o autor da proposta, deputado Dr. Talmir (PV-SP), o momento atual de grande repercussão em torno da queda de acidentes provocada pela lei seca torna propícia a aprovação do projeto que proíbe o cigarro para quem está ao volante.

"Quando o projeto da lei seca foi aprovado na Câmara, nem nós acreditávamos que iria dar tão certo. O mesmo pode acontecer com a lei que proíbe o cigarro", disse.

O deputado, que também é médico, explica que a proibição iria reduzir o número de acidentes porque, segundo ele, o motorista que fuma inevitavelmente acaba se desconcentrando porque sempre precisa procurar o isqueiro para acender o cigarro e ainda bater as cinzas que muitas vezes voam e queimam o estofado do veiculo.

"Muitos acidentes já foram provocados por causa disso. O fumante se desconcentra o coloca a vida dele e de outras pessoas em risco", explica.

Além disso, ele ressalta o aspecto ambiental da medida, já que, de acordo com o parlamentar, quase ninguém apaga o cigarro e deixa a ponta dentro do carro para depois jogá-la no lixo. "O motorista fumante provoca boa parte das queimadas de beira de estrada em período de seca e mesmo que isso não aconteça, uma bituca leva anos para se decompor."

O deputado explica que, como a atual legislação obriga o motorista a dirigir com as duas mãos no volante, o projeto apresentado foi em caráter conclusivo, ou seja, não precisa ser votado no Plenário da Casa para virar lei.

Ele foi protocolado na Mesa Diretora e vai passar por três comissões (de Transporte, Seguridade Social e Justiça e Cidadania). A idéia é que depois disso o código de trânsito seja mais claro e estipule a punição específica para o cigarro.

Mas no decorrer de toda a tramitação, o projeto deverá ser alvo de críticas de diversos setores, conforme prevê o próprio autor da proposta. "Certamente, a Câmara ficará lotada de lobistas da indústria de cigarros, mas pretendo combatê-los para aprovar a matéria", afirma ele.

Entre as pessoas ouvidas pela reportagem, as opiniões estão divididas. "A idéia é absurda, chega a ser ridícula. Não dá nem pra imaginar um guarda me multando por causa de um cigarro", critica o estudante Marcelo Cordeiro, que é fumante.

Já o publicitário Marcelo Bressan apóia a idéia. "Uma vez estava dirigindo ao lado de um senhor que fumava quando bateu um vento e a brasa do cigarro caiu no colo dele", diz.

O especialista em trânsito Paulo Cézar Marques, professor de engenharia da Universidade de Brasília, demonstra preocupação com o projeto de lei. "Como o código de trânsito já proíbe que se dirija com uma mão só, meu medo é que fiquemos obrigados a especificar tudo, tipo: não pode fumar, não pode comer, etc", pondera.

De acordo com ele, o ideal seria o governo primeiro bancar uma campanha explicando os riscos em torno de se dirigir fumando para depois começar a multar aqueles que insistirem em fumar dirigindo. Ao ser questionado sobre como seria chamada a lei entre a sociedade, o professor diz em tom de brincadeira: "seria a lei seca do cigarro ou a lei anti-fumaça".

fote: site terra

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Atendimento em hospitais cai 43,5% após a Lei Seca
Casos baixaram de 16.565 para 9.364 em 30 hospitais da região metropolitana Análise foi feita comparando os atendimentos nos dois meses seguintes à nova medida com igual período do ano passado.Um novo balanço confirma a tendência de queda das vítimas de acidentes viários na Grande São Paulo depois da lei seca, que estabeleceu regras mais rígidas aos motoristas alcoolizados a partir de 20 de junho. O levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta uma redução de 43,5% nos atendimentos hospitalares a acidentados no trânsito nos dois meses seguintes à nova medida, na comparação com igual período do ano passado. O número de acidentados caiu de 16.565, em 2007, para 9.364, em 2008, em 30 hospitais com serviço de pronto-socorro da região metropolitana. Em relação aos dois meses anteriores à vigência da lei seca, a diminuição chegou a 49,2%. O balanço da pasta, ligada ao governo José Serra (PSDB), mostra que a quantidade de atendimentos a vítimas de batidas entre veículos, quedas de moto ou atropelamentos no segundo mês da medida (entre os dias 21 de julho e 17 de agosto) foi de 4.915, 10,5% superior aos 4.449 do primeiro mês (entre 19 de junho e 20 de julho). O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, atribui a variação à sazonalidade -há mais veículos nas ruas em agosto, porque julho é mês de férias escolares. Em 2007, houve essa mesma tendência no período entre julho e agosto, com alta de 13% nos atendimentos hospitalares. A possibilidade de um relaxamento futuro da lei seca é alvo de preocupação de analistas, assim como ocorreu nos anos seguintes à implantação do código de trânsito de 1998. "Se a população perceber que não há um controle efetivo, a população se acomoda e a lei cai no descrédito", afirma José Montal, ligado à Abramet (associação de medicina de tráfego). "A lei seca continua em exposição e a fiscalização se manteve rigorosa. Portanto não houve relaxamento. As pessoas ainda comentam nas ruas e de fato estão mais cuidadosas", escreveu à Folha Barradas Barata. As estatísticas sobre a dimensão do impacto da lei seca na queda de acidentes e mortes ainda não são consensuais. A Polícia Rodoviária Federal identificou redução de 12%, ante 2007, nas mortes nas estradas federais nos primeiros 30 dias após a medida. Já os dados da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo foram menos favoráveis -a queda se restringiu a 1,04%, de 193 para 191, no mês de julho na malha paulista. Especialistas ressalvam que a frota do Estado em um ano cresceu 7%. Avaliam também que as análises devem considerar vários indicadores -já que um único grande acidente poderia afetar as conclusões. Os números de atendimento a vítimas de acidentes de trânsito nos quatro hospitais de referência da rede municipal de saúde apresentaram redução de 30% em julho e nos primeiros 13 dias de agosto em relação ao mesmo período de 2007.O IML (Instituto Médico Legal) também divulgou dados sobre as mortes na capital apontando redução de até 63% em finais de semana. Segundo técnicos, uma das hipóteses para os dados na região metropolitana indicarem melhoria superior à das estradas é a possibilidade de a lei seca ter menos impacto no interior, onde as ações de fiscalização e exposição do tema não foram tão freqüentes quanto nos principais centros urbanos. O secretário Barradas Barata diz haver mais dificuldade para reduzir as mortes nas rodovias porque os acidentes são mais violentos, devido à velocidade.
Autor: Alencar Izidoro OBID
Fonte: Folha de S.Paulo-SP

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uso de álcool e drogas é a principal causa de internação
Em cada oito pacientes que dão entrada no Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, quatro deles têm o álcool ou entorpecentes como causadores dos distúrbios sofridos. Desses, cerca de 20% conseguem ser reintegrados à sociedade. Os dados mostram que, na atualidade, a bebida e a droga ocupam espaço cada vez maior no comprometimento da saúde mental do indivíduo, segundo profissionais da instituição. Entre as drogas mais recorrentes estão a maconha, a merla e o crack, havendo, ainda, a dependência em relação às mais diversas bebidas. "Temos pacientes de todas as faixas etárias, mas prioritariamente de baixa condição social. Entre 10 deles, mais ou menos sete vêm do interior", declarou o enfermeiro Paulo Neto. Segundo ele, o horário de maior demanda é entre 10h e meio dia. "Os internos por disfunções causadas por álcool e drogas são trazidos pela família ou, quando estão nas ruas, por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), agentes da Prefeitura e mesmo pelo Corpo de Bombeiros", detalhou. Ainda segundo Neto, os sintomas apresentados pelos ingressos são os mais diversos. "Taquicardia, ansiedade, irritabilidade, alucinações, torpores, alterações repentinas de comportamento e psicoses estão entre os mais comuns. É importante lembrar que o álcool e as drogas afetam violentamente o sistema nervoso, podendo conduzir, em casos mais sérios, a graves disfunções mentais e/ou psicossomáticas ou agravar distúrbios mentais e psicossomáticos já presentes", avaliou o enfermeiro. Ao dar entrada no Hospital Nina Rodrigues, o paciente é avaliado por 72 horas na emergência. "Dependendo do resultado, ele pode fazer tratamento ambulatorial algumas vezes por mês à base de medicamentos, ser permanentemente internado na chamada "pensão protegida" (casos mais graves) ou encaminhado ao Centro de Assistência Psicossocial (Caps)", explicou a coordenadora do Caps do Hospital Nina Rodrigues, Arlete Cutrim."Eles passam o dia aqui e vão para casa à noite. O período de recuperação depende de cada caso", completou ela. Ressocialização De acordo com a coordenadora do Centro de Assistência Psicossocial (Caps) do Hospital Nina Rodrigues, Arlete Cutrim, o centro é mais que um ambiente de acompanhamento do indivíduo. "É um instrumento para recuperar a integridade sociopsíquica do interno, por meio de atividades ressocializantes que beneficiam tanto a sociedade quanto o paciente", observou ela. Conforme informou a assessoria do Hospital Nina Rodrigues, há dois Caps em São Luís, um municipal e outro estadual. Dos cerca de 130 acompanhados pela unidade estadual, que funciona no Nina Rodrigues, 90% têm as drogas como causa dos problemas de saúde. "À medida que é feito o tratamento farmacológico, os pacientes cursam várias oficinas, como serigrafia, culinária, marcenaria, corte e costura, salão de beleza e outras", informou o enfermeiro Paulo Neto. José Augusto Viana, 40 anos e natural de Viana, disse que foi internado no Hospital Nina Rodrigues em 2001. "Eu fui usuário de maconha e merla por mais de 10 anos e bebia muito. Cheguei aqui em estado deplorável, sentia todo tipo de mal estar físico e psicológico, com alucinações e ansiedade", lembrou. Segundo ele, o tratamento farmacológico durou nove meses. "Com o auxílio da terapia ressocializante, venci por completo o vício. Estou há sete anos muito bem, graças a Deus e sou funcionário daqui, ministrando oficinas de artes", comemorou. José Augusto destacou que já fez exposições como artista plástico e tem procurado mais campo de trabalho no ofício
Autor: Editoria CidadesOBID
Fonte: O Estado do Maranhão - MA

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pesquisa canadense mostra como vício do cigarro se instala entre adolescentes
Estudo mostra que, meses depois das primeiras tragadas, já é difícil parar de fumar. Meninas têm mais facilidade de deixar dependência de lado do que os meninos.Parar de fumar é um bocado difícil, e a descoberta dessa dificuldade pode ser tão precoce quanto o início do vício. Adolescentes fumantes tentam parar de fumar e não conseguem. Muitas vezes as tentativas de largar o cigarro começam poucos meses após a primeira tragada. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Montreal (Canadá) e da Sociedade Canadense do Câncer. O resultado da pesquisa está publicado no site da revista "American Jorunal of Public Health". Durante cinco anos, um grupo de 319 adolescentes respondeu questionários a cada três meses. Os relatórios mostraram como os jovens se relacionam com o tabaco. Mais de 70% dos adolescentes declararam que gostariam parar de fumar, mas somente 19% deles conseguiram ficar mais de um ano longe do cigarro durante os cinco anos do estudo. ProgressãoUm dado interessante foi a descoberta de como um adolescente progride dentro do vício. A idade da iniciação fica entre os 12 e 13 anos. Depois da primeira tragada, em média se passam nove meses até que o jovem precise fumar todos os meses. Mais um ano e meio e o cigarro passa a ser semanal na vida desse adolescente. Finalmente, em menos de dois anos, a dependência se torna completa e eles sentem a necessidade de fumar todos os dias. Se avaliarmos os dois sexos em separado, as meninas são mais pragmáticas. Tentam parar mais vezes e conseguem um índice de sucesso maior do que o meninos. Esses resultados mostram que a legislação que controla o acesso dos jovens ao cigarro deve ser cada vez mais implementada. Além disso, novas estratégias para facilitar o fim do hábito se mostram necessárias.
Autor: Luis Fernando Correia OBID
Fonte: G1-Globo.com

sábado, 28 de junho de 2008

Peso, alimentação e até sexo influenciam nos efeitos do álcool
Quem sair de casa dirigindo e estiver disposto a beber deverá estar pronto para fazer muitos cálculos, mas sem garantias de que chegará a uma conclusão lógica. Não é possível saber ao certo, por exemplo, quanto tempo leva para o organismo ficar completamente livre dos efeitos do álcool. Segundo especialistas, o metabolismo humano depende de fatores como peso e altura do usuário, se pratica exercícios físicos, se tem problemas de saúde, se consumiu apenas um tipo de bebida alcoólica, se foi associado a algum alimento doce, salgado ou gorduroso e, ainda, se ingeriu bastante água depois do álcool. O médico Paulo Pinheiro, ex-diretor do Hospital Municipal Miguel Couto, lembra que, anteriormente, a lei estabelecia a tolerância em seis decigramas — três tulipas de chope ou três taças de vinho ou três doses de uísque. Se seguir esta lógica, segundo o médico, a tolerância de dois decigramas, determinada pelo decreto em vigor desde a semana passada, corresponde a um terço disso: uma tulipa ou uma taça ou uma dose de uísque. — Mas isso é variável. Depende de peso, altura, metabolismo, e ainda se a pessoa bebeu grande quantidade de água, se fez exercício físico. Pode variar de uma pessoa para outra. Uma pessoa pode beber uma taça de vinho e ficar zonza. Teoricamente, o organismo leva de seis a oito horas para eliminar o álcool, mas isso também varia. Se a pessoa beber muita água, por exemplo, o álcool é eliminado mais rapidamente — disse Pinheiro. Bafômetro pode pegar até bombom de licor Fiscal do Conselho Regional de Nutricionistas, Samara Crancio explica que os efeitos do álcool podem ser potencializados se o usuário estiver com o estômago cheio ou se associar a alimentos com alto teor de gordura ou ao café. Até quem come bombons à base de licor pode ser pego no bafômetro: — Se a tolerância fosse zero, um bombom pode ser detectado. Em média, um bombom de licor demora de 10 a 15 minutos para ser eliminado do organismo e, aí, progressivamente. Como leva gordura, é mais resistente. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, os efeitos do álcool também variam em relação ao sexo. Um homem de cem quilos tem mais resistência ao álcool do que um de 70 quilos. Mulheres têm seis vezes menos resistência à bebida. — O álcool tem um alto poder de combustão. Evapora muito rapidamente. Se uma pessoa bebe e imediatamente é submetida ao bafômetro, o resultado será um. Se só usa o bafômetro quatro horas depois, será outro. Se quatro horas depois e ainda ingerir açúcar, será ainda mais diferente.
Autor: Antônio Werneck, Carla Rocha, Ediane Merola e Paulo Marqueiro OBID
Fonte: O Globo-RJ

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nas empresas, circula ar mais saudável


Passar oito horas por dia aspirando a fumaça dos outros não é o que pode se chamar de conforto. Pois era a esse tipo de incômodo que se submetiam funcionários de 7.400 empresas do Recife antes da Lei Federal 9.204/96. Com a legislação, que proibiu o fumo em locais fechados, milhares de trabalhadores saíram da condição de fumantes passivos no País e comemoram um ar mais saudável nos escritórios.

Desde setembro do ano passado, a Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife e a Procuradoria Regional do Trabalho discutiam com associações de empresários a implantação de ambientes livres do fumo em bares, restaurantes, casas noturnas e congêneres. Em fevereiro, quando a lei federal começou a ser fiscalizada nesses lugares, muitas outras empresas já eram ambientes livres do fumo. Como o Onda Mar Hotel, em Boa Viagem, local de trabalho do gerente de recepção Odílio Bezerra, 40, há 12 anos.

Se antes as baforadas de clientes eram comuns no hall de entrada, hoje Odílio e os colegas sequer precisam lembrar aos hóspedes que a atitude é vetada. Placas contra o cigarro estampam desde a porta principal até o lobby do cafezinho, elevadores e corredores. "A fumaça incomodava bastante, tomava conta de todo o ar. Quando nos tornamos livres do fumo, a concordância entre os funcionários foi unânime", conta o gerente, para quem apagar o cigarro é "questão de educação e respeito".

Segundo o gerente geral do hotel, Jaime Magalhães, a mudança aconteceu gradualmente. Primeiro, havia fumódromo para os funcionários. Existiam também apartamentos para não fumantes. Depois, ampliou-se a idéia para andares inteiros e, há seis meses, para 100% do Onda Mar.

Tanta preocupação vem do reconhecimento de que o fumo passivo é um veneno. Dados da Organização Internacional do Trabalho, de 2005, apontam que 200 mil pessoas morrem a cada ano de doenças relacionadas ao fumo passivo no trabalho. E não adianta abrir a janela para diminuir a fumaça inspirada. "Não há sistema de ventilação que consiga minimizar esses efeitos", alerta a coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do Recife, Maristela Menezes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que funcionários acabam fumando 30% menos se tal ato é proibido em seus ambientes de trabalho. Desde 2004, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), na Boa Vista, Centro do Recife, é uma das empresas que investem contra o tabagismo.

No começo, somente funcionários eram impedidos de acender cigarros no CIEE. Mas as centenas de clientes que por lá passam todos os dias, não. "Espaço para fumar agora é apenas o estacionamento. Só recebemos elogios", comemora a coordenadora de Recursos Humanos, Rosana Freire. Pesquisa interna demonstra bons resultados: após a adoção da política antifumo, 50% dos empregados fumantes abandonaram o vício.


Autor: Editoria Cidades
OBID Fonte: Jornal do Commercio - PE

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Semana Antidrogas foca prevenção
Levantamento feito em 2001, em Bauru, mostrou que 16% das pessoas até 35 anos consumiam algum tipo de entorpecente.Começou ontem e vai até o dia 26 de junho a 2ª Semana Municipal Antidrogas de Bauru, com o tema "Drogas, danos e conseqüências". O evento tem por objetivo mobilizar órgãos públicos, entidades da sociedade civil e comunidade em geral para o planejamento e execução de ações de prevenção, promovendo a sinergia dos diversos segmentos que atuam nessa área. A intenção é levar à comunidade o maior número de informações sobre os efeitos que o uso e abuso de substâncias psicoativas causam no ser humano e na sociedade. De acordo com a presidente do Conselho Municipal Antidrogas (Comad), Celenita de Oliveira Coelho, em Bauru não há estatísticas atualizadas sobre os usuários de drogas, mas um levanamento feito em 2001 mostrou que há 16,2% das pessoas até 35 anos envolvidas com drogas e 80,2% envolvidas com álcool. "Atualmente esse número pode ter aumentado", frisou. Por conta desse possível e provável aumento no número de usuários, o foco principal da campanha será a prevenção. De acordo com Celenita, a idéia é discutir qual o papel da sociedade na prevenção contra o uso das drogas e do álcool. Haverá uma atenção especial com a questão das bebidas alcoólicas e com o uso de medicamentos vendidos por receita médica. "Hoje há um alto número de pessoas que são usuárias e dependentes dessas medicações", salientou. Outro ponto que deve ser muito discutido na Semana é o uso cada vez mais cedo do álcool. Segundo a presidente do Comad, as estatísticas dão conta de que a primeira dose ocorre com 11 anos e dentro da própria casa, por isso a importância de destacar a atuação da família na prevenção. "A família precisa assumir o lugar dela de comunicar os valores morais e éticos aos jovens e adolescentes. Exercer esse papel de comunicação, porque hoje a gente vê que a família não sabe colocar limites", ressaltou. A iniciativa do evento é do Comad, em parceria com a Prefeitura de Bauru, Secretaria Municipal do Bem-Estar Social (Sebes), Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps - AD), Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel), Polícia Militar, Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Bauru, Conselho Regional de Psicologia, Comunidade Bom Pastor, Esquadrão da Vida, Universidade do Sagrado Coração (USC), Universidade Paulista (Unip), Academia Marathon e Bauru Shopping Center.
Autor: Marcelo de Souza OBID
Fonte: Jornal da Cidade - Bauru - SP

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Males mesmo para quem não fuma
Apesar de não colocar cigarros na boca, um terço da população mundial está sujeita aos males do tabaco. São os fumantes passivos ou involuntários, grupo que tem 30% mais chances de sofrer de uma doença coronária por inalar fumaça alheia, segundo um estudo de cientistas guatemaltecos apresentado no mês passado no 16° Congresso Mundial de Cardiologia, realizado na Argentina.O aparecimento de doenças depende do volume de fumaça inalada e do tempo de exposição. No estudo da Guatemala, os pesquisadores constataram alterações na função das artérias dos não-fumantes em 30 minutos de exposição à fumaça. A longo prazo, isso pode representar um risco duas a três vezes maior de desenvolver câncer de pulmão.No mundo, a Organização Mundial de Saúde estima que o número de fumantes passivos alcance 2 bilhões de pessoas, sendo 700 milhões de crianças. A quantidade é superior ao número de fumantes ativos, estimado em 1,2 bilhão de pessoas - desses, 30 milhões são brasileiros. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer não tem dados sobre o número de fumantes passivos.Para o pneumologista Alexandre Milagres, coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, do Rio de Janeiro, o surgimento de doenças nos fumantes involuntários também está relacionado à predisposição genética. No caso de um casal em que o marido fuma e a mulher convive com a fumaça, seria como se a mulher desenvolvesse câncer de pulmão por ter predisposição genética e o marido, não.- O fumante sem predisposição genética é capaz de fumar uma quantidade grande de cigarros por toda a sua vida e não desenvolver o câncer de pulmão. Já a mulher desse paciente, se conviver com ele por longo tempo aspirando fumaça, pode desenvolver a doença sem nunca ter fumado - explica o médico.Em geral, os males que atingem os fumantes passivos são os mesmos que afetam as pessoas que têm o hábito de fumar. Para os não-fumantes, a fumaça mais prejudicial é a que sai direto da brasa do cigarro, chamada de corrente lateral. Ela libera no ambiente cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas, uma parte delas cancerígena. Já a fumaça expelida pela boca ou pelas narinas, chamada de corrente principal, tem menos agentes tóxicos, uma vez que parte fica retida no filtro do cigarro ou é absorvida pelo organismo do fumante.Nos fumantes involuntários adultos, a fumaça aumenta os riscos de acidente vascular cerebral, câncer de pulmão, infarto e angina (dor no peito), além do agravamento de problemas respiratórios, como enfisema, bronquite e asma.Segundo o pneumologista do Complexo Hospitalar Santa Casa Luiz Carlos Corrêa da Silva, coordenador do Programa Fumo Zero, da Associação Médica do Rio Grande do Sul, o principal problema da fumaça é a inalação de monóxido de carbono, que prejudica a ação da hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo organismo.
Autor: Seção Vida OBID
Fonte: Jornal de Santa Catarina

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Crianças: Fumo passivo afeta 24%


Pesquisa testou níveis de nicotina em pacientes de até 5 anos de idade.
Um menino, de apenas 3 anos de idade, com nível de nicotina no organismo 200 vezes maior do que o recomendado para um adulto. Assim como ele, 24% das crianças entre 0 e 5 anos avaliadas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) apresentavam sinais no organismo típicos de um fumante. Nenhuma delas precisou ser usuária direta do tabagismo. A pesquisa, realizada com 78 garotos, mapeou os efeitos do fumo passivo na infância.
"As análises foram feitas por meio da dosagem de cotinina (reação da nicotina) na urina das crianças", explica Jorge Lotufo, pneumologista pediátrico do Hospital Sírio-Libanês e autor do estudo. "O ideal seria ter concentração zero, mas em um quarto delas o índice foi maior. Em um dos meninos, que morava em uma casa com três fumantes, a marca chegou a 272,6 mg/ml", diz Lotufo, ao ressaltar que a concentração amplia em até 5 vezes a chance de ocorrência de morte súbita nas crianças.
Os exames de urina foram a segunda etapa do estudo. Na primeira, Lotufo avaliou mil crianças de uma escola particular da capital e atestou que 51% eram fumantes passivos.
Além das conseqüências físicas, a psicóloga Valéria di Jorge, responsável pelo Programa Antitabagismo do Sírio, ressalta os efeitos no comportamento das crianças. "Até os 6 anos, eles não entendem os malefícios do cigarro, mas sabem que é errado e isso pode culminar em um distanciamento dos pais", avalia. Na adolescência, o risco é a "mensagem subliminar". "O garoto observa que o pai procura o cigarro para aliviar a tensão. A mãe fuma quando nervosa. Ele acaba achando que fumar é bom."
Segundo os especialistas, o primeiro contato direto com o cigarro no País acontece aos 10 anos de idade. Levantamento do Hospital do Coração, feito com 100 fumantes adultos, identificou que 75% deles adquiram o vício antes dos 15 anos de idade. Os números do HCor complementam outra pesquisa, feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid). Em 4.107 entrevistas com estudantes de escolas públicas de São Paulo, 10,4% deles afirmaram ser dependentes do tabaco.
Para Luizemir Lago, diretora do Centro Estadual de Referência e Tratamento de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), as estatísticas só reforçam que as campanhas de combate ao fumo precisam ser focadas nas crianças e adolescentes.


Autor: Fernanda Aranda
OBID Fonte: O Estado de S.Paulo

terça-feira, 3 de junho de 2008

São Paulo gasta R$ 15 mil por hora com tabaco


Em uma hora, o governo estadual desembolsa R$ 15 mil para atender às conseqüências mais extremas do cigarro. O valor, que chega a R$ 373 mil por dia e termina o ano acumulado em R$ 136,5 milhões, é referente ao tratamento apenas da parcela de pacientes com câncer em decorrência do tabagismo.
O custo foi calculado pelo Jornal da Tarde, com base na estimativa da Organização Mundial de Saúde. Segundo a OMS, 30% do orçamento para tratar as doenças oncológicas, no Sistema Único de Saúde (SUS), são destinados às pessoas que fumam.
Na conta, entram sessões de quimio e radioterapia, medicamentos e atendimentos ambulatoriais. Hoje, no Dia Mundial de Combate ao Fumo, a matemática coloca luz em somente um dos prejuízos do cigarro: se o vício não existisse seriam gastos R$ 318 milhões dos atuais R$ 455 milhões disponíveis para tratar tumores malignos em SP.

"Apesar dos altos valores, o alcance do tabagismo vai além do câncer e nem tudo é mensurado", afirma Valéria Cunha, da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). "São ao menos outras 50 doenças diretamente ligadas ao fumo, tem o impacto ambiental, faltas no trabalho por causa do cigarro. O estrago é enorme."
Até hoje, nenhuma pesquisa mapeou o impacto financeiro total do cigarro. Os poucos estudos ficam limitados aos valores do tratamento de saúde associado ao fumo. Ainda assim, as cifras são altas. Só no Estado, segundo o Boletim Epidemiológico Paulista de 2005, as internações de doenças relacionadas ao tabaco "engolem" R$ 238 milhões por ano. Doenças isquêmicas do coração acarretam custos de R$ 90 milhões, insuficiência cardíaca compromete R$ 34 milhões e doenças cerebrovasculares outros R$ 30 milhões. Somadas, as verbas arcariam com 15novas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial).
"O fumante espera um motivo para largar o cigarro e, quase sempre, o motivo é uma doença", afirma Aparecida Redondo, responsável pela unidade municipal de tratamento do tabagismo da Zona Sul.
Ainda que procure ajuda antes da doença, o fumante entra para os gastos da saúde. O Programa Municipal de Controle do Fumo paga, todo ano, R$ 308 mil em remédios para os pacientes deixarem de fumar. "Sem contar a terapia. A dependência física é fácil de ser sanada, mas psicológica leva anos", diz Darlene Silva, diretora do programa.
Estudo feito com 500 fumantes do Centro Estadual de Referência em Álcool, Tabaco e Drogas (Cratod) mostra que 95% precisam fumar depois de cada refeição 71% após tomar café e 73% quando estão ansiosos. "O cigarro, muitas vezes, ocupa papel de companheiro. Por isso, deixá-lo é tão difícil", fala Luizemir Lago, diretora do Cratod.
Vera Duo Pereira, 64 anos, tinha a "companhia" do cigarro desde os 14 de idade. Procurou ajuda em uma unidade municipal e desde fevereiro não fuma mais. "Mudei de vida. Eu era cinza e hoje tenho cor, sinto cheiro e o gosto da comida."
A fumaça que durante 50 anos foi expelida por Vera pode ter comprometido pessoas que nunca fumaram. A ONG Aliança de Controle do Tabagismo fez um estudo em 71 bares e identificou que a concentração de poluentes em ambientes sem fumódromos era igual à expelida pelos carros. "O fumante passivo não é lembrado nos prejuízos. Mas o tabaco é o 3º responsável pela morte de causas evitáveis, mesmo em quem não fuma", fala Mônica Andreis, diretora da ONG.
Até bebês prematuros geram custos por causa do tabaco. A Prefeitura informa que são R$ 341 para custear um único dia de UTI para quem nasce com menos de 1,5 Kg. Por ano, são 1.500 crianças que nascem com baixo preso, a maior parte filhos de gestantes fumantes.


Autor: Jornal da Tarde - SP
OBID Fonte: Jornal da Tarde - SP

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Acidentes nas estradas brasileiras custam R$ 22 bilhões por ano
Levantamento do Ipea aponta que cerca de R$ 9,8 bilhões são pagos pelo Ministério da Saúde. Além do atendimento às vítimas, prejuizos materiais e perda de produtividade são responsáveis pelas despesas Os acidentes nas rodovias brasileiras custam aproximadamente R$ 22 bilhões anuais ao país, afirmou nesta terça-feira (27) o diretor de Estudos Urbanos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Piancastelli Siqueira. Segundo ele, neste total estão somados os gastos médicos, hospitalares, de perda de renda, remoção e recuperação de veículos, administrativos, judiciais e previdenciários. As despesas dos acidentes, explica o diretor do Ipea, são arcadas tanto pelas vítimas quanto pelo setor público. Dos R$ 22 bilhões anuais, cerca de R$ 9,8 bilhões são custos médicos e hospitalares pagos pelo Ministério da Saúde, já que todas as vítimas de acidentes têm seu primeiro atendimento realizado pelo serviço de saúde pública. "Isso se tornou um problema não só do ponto de vista humano e moral, mas um problema de finanças públicas dos mais sérios", disse Piancastelli. Os estados que mais registram acidentes são Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Eles também são os mais críticos do ponto de vista de despesas geradas pelos acidentes. De acordo com Piancastelli, vários fatores contribuem para a maior incidência de acidentes nestes estados. Em São Paulo a taxa de acidentes pode ser atribuída à maior concentração de tráfego e à existência da maior frota do país.As boas condições de assistência e resgate, no entanto, fazem com que o estado tenha taxas de mortalidade inferiores a outras regiões. Em Minas, a grande extensão da malha viária e o estado de conservação ruim de muitas estradas são os responsáveis pelo alto número de acidentes. Segurança Para Piancastelli, o desafio de encontrar respostas para reduzir esses números "está na formulação de políticas públicas, que melhorem a qualidade da informação sobre formas de prevenção, formas para reduzir os atropelamentos e a gravidade dos acidentes e o aumento do nível educacional associado à redução da ingestão de bebidas alcoólicas nas estradas". Ele argumenta que para reduzir a gravidade dos acidentes é preciso melhorar a segurança dos veículos. E isso pode ser obtido com consciência e educação no trânsito, que se refletiriam em medidas simples e já conhecidas por absolutamente todos os motoristas: manutenção dos veículos, não dirigir alcoolizado, redução de velocidade, prudência nas ultrapassagens. "Melhorar a segurança dos veículos é uma medida que pode ser implementada, induzida e estimulada a curto prazo, porque sabemos que, em nossa frota de veículos, segurança é item opcional", disse Piancastelli.
Autor: Revista Época OBID
Fonte: Revista Época

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cientistas temem uso de drogas que turbinam o cérebro
- Um painel de cientistas alerta nesta quinta-feira o governo britânico para o risco do aumento do uso de drogas para melhorar a capacidade do cérebro, à medida que elas se tornem mais comuns no futuro. Os remédios que aumentam o poder cognitivo, criados para tratar doenças como o Mal de Alzheimer, têm o potencial de melhorar atividades como memória, atenção ou velocidade de pensamento em pessoas saudáveis, afirma o relatório da Academia Médica de Ciências sobre cérebro, vício e drogas. Segundo o principal autor do relatório, Sir Gabriel Horn, da Universidade de Cambridge, "os avanços recentes e contínuos de nosso conhecimento sobre como o cérebro funciona vão levar a um aumento no número de drogas psicoativas". "Essas drogas poderão ser usadas como remédios para tratar doenças mentais como depressão, desordem bipolar ou vício em drogas, ou para melhorar a performance do cérebro". Os cientistas temem, no entanto, que os medicamentos sejam usados por pessoas saudáveis para melhorar sua capacidade física. A academia pede ao governo e órgãos reguladores que monitorem de perto o uso desses remédios por pessoas saudáveis, como estudantes fazendo exames ou funcionários que queiram melhorar seu desempenho no trabalho. "Nós vemos semelhanças no uso futuro dos remédios que aumentam o poder cognitivo com o atual uso de drogas que melhoram a performance física no esporte". "É provável que o uso desses remédios propicie uma análise sobre os impactos social e econômico, permitindo ao governo considerar regulações ´localizadas´ sobre o uso nas escolas, universidades e locais de trabalho", recomenda o relatório. Os remédios hoje existentes não melhoram muito a capacidade cognitiva de pacientes com Alzheimer e há poucas evidências sobre seu efeito em pessoas saudáveis, "mas a quantidade de remédios disponíveis na Internet já encoraja os curiosos e esperançosos a experimentá-los", afirma o documento. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Autor: últimas notícias OBID
Fonte: Agência Estado On Line

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Novas normas para importação de medicamentos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou as normas para importação de medicamentos não registrados no Brasil, para uso pessoal. A RDC nº 28/2008 traz a lista dos medicamentos cuja importação em caráter excepcional é permitida.

A lista é composta por medicamentos que não estão disponíveis no mercado brasileiro, mas que possuem informações que indicam sua segurança e eficácia e, por isso, podem ser úteis no tratamento de diversas doenças raras.

A importação só pode ser feita por hospitais ou entidades civis representativas e deve ser destinada a uso hospitalar ou sob prescrição médica. Além disso, os medicamentos devem ser exclusivamente para uso, e não para revenda ou comércio.

Lista

O anexo I da resolução (lista dos medicamentos permitidos) será atualizado constantemente, de acordo com a disponibilidade no mercado. As entidades hospitalares e civis representativas também poderão solicitar a inclusão, alteração ou exclusão de medicamentos da lista.

A nova resolução substitui a RDC nº86 de 2000. Foram retirados alguns medicamentos da lista anterior, por já estarem disponíveis no Brasil ou por não terem sido encontradas informações sobre esses medicamentos na literatura pesquisada. Além disso, foram incluídos novos fármacos.




Autor: Assessoria de Imprensa da ANVISA
OBID Fonte: Assessoria de Imprensa da ANVISA

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pesquisa revela o perfil dos usuários de drogas em bairro


Pesquisa realizada por professores universitários e profissionais do Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues constatou que jovens estudantes de escolas públicas do ensino médio e fundamental de um bairro de São Luís, ao mesmo tempo em que são usuários de drogas psicoativas, praticam esportes, seguem uma religião e consideram o relacionamento com os pais ótimo, bom ou regular. A pesquisa envolveu adolescentes de 12 a 20 anos.
Jovens de menor idade incluídos na pesquisa informaram que compram bebidas alcoólicas sem problemas. Entre os consumidores de álcool, 53% têm entre 14 e 17 anos, 43% têm entre 18 e 20 anos e 4,1% têm entre 12 e 13 anos.
O resultado surpreendeu os pesquisadores. Eles preferem não revelar o bairro e as escolas em que a pesquisa foi realizada para evitar preconceitos envolvendo a localidade avaliada. Segundo a enfermeira Ethelanny Pantaleão Leite, que esteve à frente da pesquisa, o resultado do levantamento foi enviado às autoridades que trabalham no combate ao uso de drogas e também foi apresentado em um congresso nacional de enfermagem, realizado este ano, em São Paulo.Além de Ethelanny Pantaleão Leite, participaram da apresentação as professoras dos cursos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Teresa Viveiros, e do Uniceuma, Júlia Saraiva Pinheiro, e a assistente social Arlete Penha Cutrim. Na opinião de Teresa Viveiros, que também é diretora do Hospital Nina Rodrigues, pesquisas como estas servem de base para o planejamento e execução de trabalhos preventivos e de tratamentos de usuários de drogas.



Autor: Editoria Cidade
OBID Fonte: O Estado do Maranhão - MA

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Perda de controle é o principal problema dos dependentes
Estudos com pacientes que sofrem de alcoolismo comprovam que a perda de controle é o principal parâmetro para identificar se uma pessoa é dependente. – Existem vários parâmetros, mas o central é a perda de controle. Quando o indivíduo não consegue refrear o impulso de beber. Há pessoas que podem beber com freqüência e em grande quantidade e não se tornarem alcoólatras porque conseguem conter o impulso – explica o psiquiatra Dartiu Xariver da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o especialista, outro indicativo é o prejuízo decorrente do consumo de álcool. – Podem ser prejuízos físicos, com problemas no organismo, ou sociais, quando o indivíduo não consegue trabalhar, estudar e desenvolver suas atividades porque está sob efeito do álcool ou de ressaca. Um terceiro parâmetro ocorre quando a bebida em primeiro plano. – As atividades de lazer passam a ser secundárias e o álcool tem prioridade. Ele deixa de valorizar a família, os relacionamentos afetivos. Segundo Silveira, o alcoolismo atinge hoje cerca de 10% da população mundial e é uma das cinco doenças mais incapacitantes. Entre as razões que levam à doença, está a predisposição genética e os fatores sócio-emocionais. – É difícil falar em como evitar a dependência porque isso varia de pessoa para pessoa, mas uma dica importante é não usar álcool antes dos 18 anos, porque ele é muito mais agressivo no organismo dos jovens. Em geral, o tratamento mais indicado inclui psicoterapia e medicação. Apenas cerca de 10% dos dependentes conseguem largar a dependência sozinhos. A média para recuperação é de um ano.
Autor: Adriana Chaves OBID
Fonte: Jornal do Brasil - RJ

sexta-feira, 16 de maio de 2008

88% dos brasileiros são contra fumo em locais fechados, aponta pesquisa
Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha para a organização não-governamental ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) mostra que 88% dos brasileiros são contra o fumo em locais coletivos fechados. No ano passado, a mesma pesquisa foi realizada apenas no Estado de São Paulo e a proporção foi idêntica. Desta vez, foram ouvidas 1.992 pessoas em 150 municípios. Entre elas, 23% se declararam fumantes. Do total, 6% foram parcialmente contra e 82% totalmente contra. Para a ONG, quando o local é fechado, mesmo com área separada para fumantes, há prejuízo para os demais clientes e para os funcionários. "É questão de saúde pública e também ocupacional", diz a vice-diretora da ACT, Mônica Andreis. A pesquisa mostrou que a maior rejeição ao fumo ocorre em restaurantes (89%), depois em lanchonetes (86%), casas noturnas (72%) e bares (71%). Nesse ponto apareceu a maior diferença entre a pesquisa nacional e a entre paulistas. Em São Paulo, a porcentagem contra o fumo em restaurantes é igual, mas em bares e casas noturnas cai para 59% e 58%. "Achamos o resultado nacional muito bom porque mostrou que, assim como São Paulo, o país todo tem a percepção de que o fumante passivo é prejudicado", diz a vice-diretora. "Esperamos com isso tanto o aumento na fiscalização da lei que já existe quanto o aperfeiçoamento dela." Os pesquisadores também perguntaram aos entrevistados se eles mudariam a freqüência a locais fechados caso o fumo fosse proibido. Em restaurantes, 63% disseram que não mudariam, 9% iriam menos e 28% mais. Em bares, 64% disseram que manteriam a freqüência, 15% iriam menos e 21% mais. Clientes satisfeitosO diretor-jurídico da Abrasel (associação de bares e restaurantes), Percival Maricato, disse discordar do resultado da pesquisa. "Se o cliente estivesse insatisfeito com a fumaça do cigarro, o dono seria o primeiro a mudar isso", diz ele. Maricato defende que, em lugares como São Paulo, onde há cerca de 50 mil estabelecimentos do gênero, é possível dar a opção ao cliente. "Alguns lugares podem proibir, põe uma placa e pronto. Mas tem gente que fuma ou namora fumante, tem amigos e quer uma opção onde seja permitido."
Autor: Cinthia Rodrigues OBID
Fonte: Folha de S.Paulo-SP

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Senad e Sesi oferecem curso de Prevenção ao Uso de Drogas no Ambiente de Trabalho
Estão abertas as inscrições para o curso "Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas no Ambiente de Trabalho: Conhecer para Ajudar". O curso é promovido pela Secretaria Nacional Antidrogas – Senad e pelo Serviço Social da Indústria – SESI. O curso é gratuito, desenvolvido à distância, com carga horária de 120 horas-aula e certificado de extensão universitária, emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). São oferecidas 3.000 vagas em todo o Brasil dirigidas aos profissionais de saúde, segurança do trabalho, recursos humanos e membros de Comissões Internas de Prevenção a Acidentes, as CIPAS. O curso será realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina. O objetivo é instrumentalizar esses profissionais para abordarem de forma adequada questões relacionadas à prevenção, identificação e encaminhamento de usuários e/ou dependentes de drogas para programas e serviços de atenção existentes na comunidade. MaterialAlém de capítulos dedicados ao conceito e à classificação de drogas, uso e dependência, complicações clínicas e psiquiátricas do uso do álcool, análises toxicológicas, prevenção e reinserção social, serão abordadas também a política pública sobre drogas e questões legais relacionadas aos programas de prevenção. Esses temas compõem um livro e uma videoaula que serão distribuídos gratuitamente a todos os alunos matriculados no curso.O material didático-pedagógico será complementado por três teleconferências, realizadas ao longo do curso, um Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA) e um sistema contínuo de apoio ao estudante à distância (tutoria e monitoria), com atendimento por telefone (0800), fax e internet.Os candidatos interessados no curso podem realizar seu cadastramento (inscrições on-line) pelo site: www.trabalho.senad.gov.br no período de 09 a 25 de maio de 2008. Dúvidas pelo e-mail: sead@sead.ufsc.br
Autor: OBID
Fonte: Senad

terça-feira, 13 de maio de 2008

Álcool é o maior causador das mortes no trânsito


Mais de 36 mil pessoas morreram, em 2006, vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead), em 61% dos acidentes o condutor havia ingerido bebida alcoólica. Entre os casos fatais, o índice sobe para 75%.

Os números de 2007 não estão fechados, mas a expectativa é que repitam os de 2006. O levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sempre difere das estatísticas do Ministério da Saúde. Isso ocorre porque a polícia só costuma computar a morte provocada por acidente de trânsito quando ela acontece no local. Daí os números do ministério serem sempre maiores.

Seqüelas

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), todos os anos, cerca de 500 mil pessoas ficam feridas em acidentes de trânsito no Brasil. Aproximadamente cem mil ficam com seqüelas permanente. De três a quatro mil pessoas ficam paraplégicas ou tetraplegicas.

No Rio, os números de acidentes de trânsito cresceram consideravelmente nos últimos seis anos. Em 2001, foram 2.190 óbitos. Em 2006 o número subiu para 2.667. Nesse mesmo ano, o Estado registrou 35.347 vítimas não fatais.

Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o hospital Miguel Couto, mostra que 30% das vítimas de acidentes de carro que deram entrada no hospital tinham bebido ou se drogado. A mesma pequisa revelou que 55% dos acidentes aconteceram nas noites de sexta-feira, sábado ou domingo.

O médico especializado em acidentes de trânsito e autor do livro A Vacina contra a violência no trânsito, Fernando Moreira, defende o uso cotidiano do bafômetro na prevenção dos acidentes. – As pessoas precisam sair de casa sabendo que, há qualquer momento, poderão fazer um teste – argumenta.

A legislação brasileira permite que a pessoa apresente até 0,6 mg de álcool por litro de sangue. Isso equivale a uma pessoa de 70 kg consumir duas doses de qualquer bebida alcoólica. O problema, segundo Moreira, é que muitos acidentes são causados por um consumo etílico que é legal. – Com uma taxa menor que 0,6 já perdemos funções importantes, como a capacidade de gerenciar riscos – explica.

Em entrevista ao site Comunique-se, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) afirmou que as emissoras de TV e rádios estão pressionando para que o projeto 1002/2007, de sua autoria, não seja aprovado. A proposição restringe a propaganda de bebida alcoólica entre 6h e 21h na TV e no rádio. O projeto está no plenário da Câmara.



Autor: Luciana Abade
OBID Fonte: Jornal do Brasil - RJ
Antidepressivo pode ajudar contra câncer e HIV, diz estudo
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que os antidepressivos podem ajudar o sistema imunológico a lutar contra doenças graves, como câncer e HIV/Aids.Os cientistas da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, afirmam que as células brancas - que uma vez instaladas em células infectadas provocam sua autodestruição - podem ser mais eficazes sob o efeito de antidepressivos.A pesquisa foi motivada por estudos anteriores que concluíram que o estresse e a depressão podem acelerar os malefícios do câncer e do vírus HIV.Para testar a hipótese de que os antidepressivos podem ajudar no combate dessas doenças, os especialistas recrutaram um grupo de mulheres infectadas com o vírus HIV. Algumas apresentavam quadro depressivo e outras não.As voluntárias foram tratadas com três medicamentos contra depressão e estresse.Dois deles, o citaloprama e a antagonista de substância P CP - 96345, aumentaram a atividade das células do sistema imunológico. Já o terceiro antidepressivo, o esteróide RU 486, não produziu efeitos. "A pesquisa nos fornece evidências de que as funções das células de defesa podem ser ampliadas sob o efeito de inibidores específicos da recaptação da serotonina em pacientes depressivos e não-depressivos", disse o coordenador da pesquisa, Dwight Evans.O estudo foi publicado na revista especializada Biological Psychiatry.
Autor: G1 - Globo.com OBID
Fonte: G1 - Globo.com/BBC Brasil

segunda-feira, 12 de maio de 2008

É melhor prevenir do que tratar
Quem acompanha assédio moral defende que prevenir o problema é a solução mais inteligente. Ela passa pela conscientização de empresas, gestores e empregados. É que as conseqüências são danosas a todos os três envolvidos. "Mais de 90% das vítimas sofrem de depressão", afirma o médico do trabalho Walter Nascimento. Segundo ele, o problema induz ao maior consumo de álcool, uso de psicotrópicos e drogas, além de aumentar a vulnerabilidade a acidentes, por causa da perda da concentração. Na última pesquisa nacional com os bancários, realizada em 2006, mais de 60% dos assediados disseram se sentir nervosos, tensos ou preocupados. Quase metade dormia mal, 37,37% tinham dores de cabeça constantes, proporção um pouco maior falou de tristeza, 36% sentiam-se cansados ou sem satisfação para executar tarefas. Má digestão, falta de apetite, dificuldade para raciocinar e ausência de interesse pela vida completaram os relatos dos perseguidos. Os chefes chegam ansiosos e hipertensos ao médico. "Muitos vêm ao consultório reclamando, querendo voltar para o trabalho", conta Walter Nascimento. Ele defende seleção mais criteriosa de chefes. "Deve saber respeitar o próximo, ter consciência de que não é onipontente e saber que só o trabalho em equipe traz resultados." Todo trabalhador também precisa de lazer e tempo para o convívio familiar, diz. Isso ajuda nos relacionamentos na empresa. A psicóloga Lívia Sant’ana, gerente de projetos da Fundação Dom Cabral (MG), que falará para executivos sobre perfil de líderes, na próxima semana em São Paulo no Saúde Business, explica que todo chefe tem que estar preparado para gerir pessoas."Um gestor de pessoas saudável é o que considera o outro adulto, responsável e qualificado para a função. Se a pessoa não atingir o esperado e não estiver bem adaptada no ambiente, cabe ao gestor capacitá-la, orientá-la e conduzi-la para isso." Buscar direitos é orientação dos sindicatos, mas o secretário de Saúde do Trabalhador dos bancários, João Rufino, esclarece que a campanha liderada pelo sindicato pernambucano estimula a prevenção. "É dever das instituições e dos gerentes zelar pelo ambiente saudável", lembra. Pernambuco é o primeiro Estado com lei regulamentada (a 13.314/07) que coíbe e pune assédio moral no serviço público estadual. Os trabalhadores da iniciativa privada têm processado assediadores, requerendo indenização por danos morais.
Autor: Editoria Cidades OBID
Fonte: Jornal do Commercio-PE

domingo, 11 de maio de 2008

CBF ameaça punir os clubes


A venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios tornou-se passível de punição nesta semana que antecede o início da Série A. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, divulgou resolução em que estabelece que pessoas físicas e jurídicas que não obedecerem à norma "se sujeitarão às penalidades previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)". A medida começa a vigorar no próximo sábado. A proibição engloba também as competições estaduais.

A análise é do promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Aguinaldo Fenelon. "É uma questão de hierarquia. A Federação Pernambucana (FPF) está subordinada à CBF", explica. No texto da resolução, a proibição fica aplicada aos "estádios que sediem partidas de futebol integrantes de competições coordenadas tecnicamente pela CBF, cujas partidas são organizadas pelas Federações e pelas entidades de prática desportiva detentoras do mando de jogo (clubes)". "Nos reunimos com integrantes da Federação na semana passada e elesafirmaram que iriam adotar a proibição também no estado", completa Fenelon.

Entre as sanções previstas no CBJD, o promotor atesta a aplicabilidade dos artigos 191 e 197 aos clubes que desobedecerem a determinação. A última prevê pena de multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, além de suspensão, para quem "deixar de cumprir ato ou decisão da entidade de administração do desporto a que estiver filiado ou vinculado, dificultar o seu cumprimento ou deixar de colaborar com as autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares ocorridas em sua praça de desporto, sede ou dependência".

O artigo 191 possui texto semelhante. Prevê suspensão de 30 a 180 dias com fixação de prazo para cumprimento da obrigação para quem "deixar de cumprir deliberação, resolução, determinação ou requisição do Conselho Nacional de Esporte (CNE), ou de entidade de administração do desporto". Segundo Fenelon, caberá ao MPPE fiscalizar o cumprimento da decisão. "Em caso de desrespeito, iremos comunicar à CBF para que a entidade aplique a punição que julgar necessária", pontua.

Tropical - O presidente do Sport, Milton Bivar, contrário à medida, pretende conversar com lideranças de outras agremiações e tentar demover a CBF. "Vamos ver se encontramos amparo em outros clubes para fazer a CBF mudar de idéia. Concordo com a proibição de bebidas quentes, mas a cerveja não. É uma questão de cultura, o Brasil é um país tropical. Achei a medida meio ditatorial", destacou.


Autor: Editoria Esportes
OBID Fonte: Diário de Pernambuco - PE

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Um em cada dez já foi ao trabalho alcoolizado, diz pesquisa britânica
Mais de um em dez empregados admitiu ter ido trabalhar alcoolizado e um em três já foi ao escritório de ressaca, segundo uma pesquisa feita por uma empresa de seguros no Reino Unido. Mil pessoas e 250 empresas participaram do estudo realizado pela Norwich Union Healthcare. Entre os que admitiram ter estado de ressaca ou alcoolizado no trabalho, 85% confirmaram que isso afetava o seu desempenho e o seu humor. Mais de um terço (36%) dos que trabalharam alcoolizado ou de ressaca disseram achar difícil se concentrar, 35% eram menos produtivos, 42% se sentiam cansados ao ponto de querer dormir e 25% faziam o mínimo de trabalho possível e iam para casa mais cedo. Entre os empregadores, quatro em cada cinco disseram que o álcool é a maior ameaça ao bem-estar de seus funcionários. "Os piores" A pesquisa também revelou que trabalhar alcoolizado parece ser mais comum em algumas profissões do que em outras. Entre os que trabalham no setor de mídia e outros empregos chamados "criativos", 41% disse já ter ido trabalhar ainda bêbado --quatro vezes mais do que a média. O número de pessoas que admitiram trabalhar alcoolizadas foi também alto na indústria da construção (24%), setor de serviços empresariais (23%), e tecnologia da informação (15%). Cary Cooper, professor de Psicologia Organizacional e Saúde da Lancaster University, disse que bebida em excesso é uma manifestação de estresse e que isso é comum em certas indústrias. "São nas profissões onde há muito estresse, jornada de trabalho longa, muita expectativa, contratos curtos e mau gerenciamento, que há mais gente bebendo no trabalho", afirmou. Ele disse acreditar que as pessoas bebem para lidar com o estresse e que as empresas deveriam mudar a cultura de longas jornadas de trabalho para combater o problema.
Autor: BBC Brasil OBID
Fonte: BBC Brasil (com alterações)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Uso regular de maconha pode danificar dentes


Usuários freqüentes da maconha têm quatro vezes mais chance de danificar gengivas. O risco de perder os dentes também aumenta em duas vezes, segundo pesquisa publicada na Nova Zelândia.

A doença periodontal é uma das doenças crônicas mais comuns nos adultos em todo o mundo. Trata-se de uma inflamação que começa a partir de uma infecção bacteriana que atacas gengivas e as estruturas de fixação dos dentes, levando a perda dentária precoce.

O tabaco está entre os principais fatores de risco para a doença periodontal. A pesquisa, publicada na revista "Journal of American Medical Association" buscou avaliar o impacto do uso da maconha sobre a doença das gengivas e sua relação com o uso do cigarro.

Foram mais de mil pessoas acompanhadas desde o nascimento e examinadas por dentistas dos 18 aos 32 anos de idade. Os exames eram feitos aos 18, 21, 26 e 32 anos, sendo que nessas ocasiões foram levantados dados sobre o uso de maconha e tabagismo.

A exposição à maconha foi estabelecida por questionários e a doença periodontal foi classificada por critérios odontológicos. Os participantes foram divididos de acordo com as respostas como alta, alguma e nenhuma exposição à maconha.

A fase da vida dos participantes foi cuidadosamente escolhida, pois a doença periodontal é tradicionalmente associada a idades acima dos 35 anos.

Autor: O Estado do Maranhão-MA
OBID Fonte: O Estado do Maranhão - MA

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Censo traça perfil de morador de rua no País


Pesquisa em 71 cidades mostra que homens são maioria, alcoolismo e drogas os levaram a esse tipo de vida.


Excluídos dos censos demográficos, os moradores de rua, em sua maioria, são homens pardos entre 25 e 44 anos, com o ensino fundamental incompleto e que entraram nesse tipo de vida por conta do alcoolismo ou de outro tipo de droga. Em geral, eles estão há mais de cinco anos nas ruas.

Os dados fazem parte de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) ao Instituto Meta. As entrevistas ocorreram entre agosto de 2007 e março deste ano, em 71 municípios. Entre as capitais, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife ficaram de fora, por já terem, segundo o ministério, levantamentos a respeito.

O público-alvo da pesquisa foram as pessoas, acima de 18 anos, consideradas em "situação de rua". Os pesquisadores contaram com o apoio de movimentos sociais durante as entrevistas. Apesar disso, 13,3% dos abordados não quiseram responder à pesquisa. "A população de rua hoje é tratada como bicho", afirma o ex-morador de rua Anderson Miranda, 32, da coordenação do MNPR (Movimento Nacional da População de Rua).

De acordo com a pesquisa, feita por amostragem, 38,9% dos moradores de rua não mantêm nenhum tipo de contato com familiares. A pesquisa revelou ainda que 58,6% dos moradores de rua declararam ter algum tipo de profissão, sendo 27,5% deles catadores de materiais recicláveis. Atualmente, 97% deles não trabalham com carteira assinada.

Na pesquisa, chama a atenção o fato de 19% dos entrevistados declararem não ter acesso a pelo menos uma refeição diária. Cerca de um quarto deles (24,8%) não possuem nenhum tipo de documento de identificação e 29,7% dizem ter algum tipo de problema de saúde. No campo da higiene, 32,6% afirmaram que usam a rua como banheiro.

"A pesquisa possui elementos para que possamos detalhar ações para essa população", disse a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, Arlete Sampaio. Hoje, 88,5% dos moradores de rua não têm acesso a programas governamentais.



Autor: Folha de S. Paulo - SP
OBID Fonte: Folha de S. Paulo - SP