terça-feira, 13 de maio de 2008

Álcool é o maior causador das mortes no trânsito


Mais de 36 mil pessoas morreram, em 2006, vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead), em 61% dos acidentes o condutor havia ingerido bebida alcoólica. Entre os casos fatais, o índice sobe para 75%.

Os números de 2007 não estão fechados, mas a expectativa é que repitam os de 2006. O levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sempre difere das estatísticas do Ministério da Saúde. Isso ocorre porque a polícia só costuma computar a morte provocada por acidente de trânsito quando ela acontece no local. Daí os números do ministério serem sempre maiores.

Seqüelas

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), todos os anos, cerca de 500 mil pessoas ficam feridas em acidentes de trânsito no Brasil. Aproximadamente cem mil ficam com seqüelas permanente. De três a quatro mil pessoas ficam paraplégicas ou tetraplegicas.

No Rio, os números de acidentes de trânsito cresceram consideravelmente nos últimos seis anos. Em 2001, foram 2.190 óbitos. Em 2006 o número subiu para 2.667. Nesse mesmo ano, o Estado registrou 35.347 vítimas não fatais.

Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o hospital Miguel Couto, mostra que 30% das vítimas de acidentes de carro que deram entrada no hospital tinham bebido ou se drogado. A mesma pequisa revelou que 55% dos acidentes aconteceram nas noites de sexta-feira, sábado ou domingo.

O médico especializado em acidentes de trânsito e autor do livro A Vacina contra a violência no trânsito, Fernando Moreira, defende o uso cotidiano do bafômetro na prevenção dos acidentes. – As pessoas precisam sair de casa sabendo que, há qualquer momento, poderão fazer um teste – argumenta.

A legislação brasileira permite que a pessoa apresente até 0,6 mg de álcool por litro de sangue. Isso equivale a uma pessoa de 70 kg consumir duas doses de qualquer bebida alcoólica. O problema, segundo Moreira, é que muitos acidentes são causados por um consumo etílico que é legal. – Com uma taxa menor que 0,6 já perdemos funções importantes, como a capacidade de gerenciar riscos – explica.

Em entrevista ao site Comunique-se, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) afirmou que as emissoras de TV e rádios estão pressionando para que o projeto 1002/2007, de sua autoria, não seja aprovado. A proposição restringe a propaganda de bebida alcoólica entre 6h e 21h na TV e no rádio. O projeto está no plenário da Câmara.



Autor: Luciana Abade
OBID Fonte: Jornal do Brasil - RJ

3 comentários:

Ambiguidade frente&verso disse...

Não acho que a proibição de propagandas de bebidas alcoolicas na tv diminua os acidentes, o que penso sobre isso é que as pessoas que tem automoveis tem que ter conciencia de não beber e dirigir.


by: CaH! sant'Anna
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Euzer Lopes disse...

Sinceramente não é a propaganda a responsável pelo consumo e as inconseqüências deste ato.
Acho que existe uma série de "pequenos" fatores que fazem a bolha ficar gigante - e explodir num acidente. Destes, cito os três mais bombásticos:
- falta de vergonha na cara do motorista que bebe - quer provar o que com isso? Que é bom? Que é poderoso? Que é bambambam? Que é o garanhão? Que é a independente, dona do nariz de patty desmiolada?
- falta de fiscalização eficiente das autoridades - a polícia pode sim parar, exigir bafômetro e apreender o carro do ou da infeliz que bebe. Não o faz por N razões que convém nem citar.
- negligência familiar - que porra fazem os pais que não prestam atenção ao estado que o filho chega em casa? Se chega bêbado, não dê o carro a ele. Ah, o carro é dele? Tá, mas ele mora na casa do pai, da mãe. Quem é que manda lá? Ah, o revoltado vai querer mudar-se pra casa do amigo? da namorada? Vai. E transfira a responsabilidade para o amigo ou a namorada. Duvido que alguém vai querer.

Nathalia Colucci disse...

Ah, eu sempre fiquei com um pé atrás sobre esse assunto. É muito complicado falar sobre isso e tentar encontrar uma maneira para que esse número de vítimas diminua. Acredito que o mais plausível seria uma conscientização da sociedade, porém, isso é muito amplo e certamente seria bem complicado de se fazer, partindo do ponto de que cada um com seu cú, fica difícil de controlar essa 'liberdade'. Sobre a questão do bafômetro, não acho que adiantaria muita coisa, quando a pessoa for abordada para fazer o teste ela já está na estrada e bêbada e acredito que com certeza ela não iria deixar de consumir bebidas alcoólicas com o intuito de não ser pego no teste do bafômetro. Já a proibição das propagandas eu acho extremamente incabível. A publicidade neste caso, não pode ser culpada da imprudência dos outros. Pessoas que dirigem, na maioria das vezes são maiores de 18 anos, logo, têm consciência do que estão fazendo e acredito que não sejam tão influênciados assim pela publicidade.


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beeijo
:*

P.S - empolguei um pouco no comentário :x
IHUAIUHAIHIAIHUAHIA