quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Dependência já atinge crianças
Uma das faces mais dramáticas do impacto do crack sobre a demanda por internações psiquiátricas no Estado se encontra em uma ala do São Pedro destinada a crianças. Ali, dos 10 leitos reservados para pacientes de até 12 anos, a metade costuma ser ocupada por pequenas vítimas das pedras. - Estamos perdendo uma geração para o crack. O crescimento no número de casos é assustador - surpreende-se o psiquiatra Alceu Gomes, diretor-técnico interino da instituição. Na ala destinada a adolescentes, a situação é ainda mais grave. De outros 10 leitos garantidos para jovens entre 13 e 17 anos, nove invariavelmente recebem garotos com a saúde e o futuro comprometidos pelo vício. Esse fenômeno demonstra a mutação no perfil dos usuários da droga que vem se processando no Rio Grande do Sul. Se até poucos anos os dependentes eram jovens pobres, hoje as pedras atingem vítimas com idade cada vez menor e classes sociais mais diferenciadas. Uma das razões para o salto vertiginoso do tóxico entre os gaúchos é a dependência quase imediata provocada pela substância. - Em três ou quatro semanas, o usuário já adquiriu uma dependência grave - afirma Gomes. Não há dados estatísticos recentes, mas um estudo realizado com as cidades de mais de 200 mil habitantes pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) demonstrou que, entre 2001 e 2005, a proporção de usuário mais do que dobrou na Região Sul - passando de 0,5% para 1,1% da população. Se esse índice for aplicado somente sobre a população gaúcha com mais de 12 anos, já significaria um público-alvo do crack de 72 mil pessoas. - Antigamente, uma pessoa podia levar 20, 30 anos para se tornar um alcoolista. Hoje, o crack acabou com isso. É imediato, o que é um desafio muito maior para a rede de atendimento - compara o diretor-geral do São Pedro, Luiz Carlos Illafont Coronel.Autor: geral OBID
Fonte: Zero Hora - RS

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Febre Amarela - Perguntas e Respostas
1 - Pode haver problema se a pessoa tomar a vacina e logo depois ingerir álcool ?Não. Não há problema de associação de álcool com a vacina.
2 - Quem toma a vacina pode tomar qualquer tipo de medicamento depois. E se tomar remédio controlado? Tem alguma restrição. E os remédios que contem ácido acetilsalicílico , tipo as e aspirina? Não há nenhum problema de interação medicamentosa entre a vacina e outros medicamentos, qualquer que seja o medicamento.
3 - É preciso evitar fazer movimentos bruscos com o braço depois da vacinação? Não deve haver nenhuma preocupação com movimentação brusca após a vacinação.
4 - Uma pessoa sabe que há oito anos ela tomou algumas vacinas, mas não se lembra se entre elas está a de febre amarela. Ela pode se vacinar novamente? Na dúvida, a recomendação é para se vacinar.
5 - Que tipo de reação a vacina pode provocar? Dor de cabeça, mal estar, ou outras? Pode haver reações no local da injeção, com febre e mal estar. Mas esses efeitos são raros.
6 - A partir de quantos meses um bebê pode se vacinar? O bebê pode ser vacinado a partir dos seis meses de idade, quando a criança reside em uma área em que há morte de macacos com suspeita de febre amarela e na área em que há casos de febre amarela silvestre. Mas fora dessas situações, o calendário de vacinações indica a partir de nove meses de idade.
7 - A doença se chama febre amarela por que quem a contrai fica obrigatoriamente com icterícia? A icterícia é uma coloração amarelada que aparece na pele e nos olhos, que é uma característica da doença. Mas temos que lembrar que existem formas muito leves da doença que não chegam a formar a icterícia. Já a febre sim, essa acontece em todas as situações .
8 - A vacina não pode ser tomada por pessoas com baixa imunidade. Isso quer dizer que quem esteve doente há pouco tempo não pode tomar? A vacina não é recomendável para pessoas que estão com baixa imunidade. Para quem esteve doente, depende de avaliação médica.
9 - E como avaliar quem tem ou não baixa imunidade? O que acontece se uma pessoa com baixa imunidade tomar a vacina? Imunidade é quando a pessoa cuja defesa do organismo está em baixa. Mas geralmente as pessoas têm diagnostico por parte dos médicos que a acompanham. São aquelas pessoas que estão em tratamento de câncer, por exemplo, que estão tomando drogas imunosupressoras como corticóides com dosagens elevadas, algumas situações de portadores de HIV em que estejam com imunosupressão.
10 - Gestante pode tomar a vacina? Não, há contra indicação para a vacinação em gestante.
11 - Quem está tentando engravidar pode tomar a vacina? Não sendo indicada a vacina para gestantes, quem está tentando engravidar já pode estar grávida e, assim, não pode tomar a vacina nesse período.
12 - Existe alguma relação entre o retorno da febre amarela com o aquecimento global? O aumento de temperatura e uma maior freqüência de chuvas não podem acelerar o processo de reprodução do mosquito e provocar epizootias? Nesse momento, não se pode culpar o aquecimento global pelo que está acontecendo no Brasil. Mas, quando há aumento de temperatura, aumenta consequentemente a quantidade de chuvas e isso tem influência no aumento da população dos mosquitos , que são os vetores da doença.
13 - Existe algum cuidado específico que uma pessoa imunizada há menos de 10 dias precisa tomar para não se contaminar? Não. A vacina assegura 100%% de imunização, após o décimo dia de aplicação. E essa proteção dura 10 anos.
14 - Retornando de um município em estado de alerta, a pessoa deve ficar atenta a quais sintomas?Se ela não está vacinada é preciso verificar se aparece febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor abdominal. Nessa situação, procurar um serviço de saúde.
15 - Em quanto tempo sai o resultado de um exame para a identificação do vírus no sangue? Esse exame é muito especifico e complexo, leva no mínimo 15 dias por conta da técnica que é usada para o isolamento do vírus. Mas tem um outro exame que é a sorologia, e esse é rápido, ficando pronto em 48 horas.
16 - A doença passa de pessoa para pessoa? Não. Não existe transmissão de pessoa a pessoa. A doença é sempre transmitida pelo mosquito contaminado.
17 - Faltando dois meses para vencer a vacina, a pessoa deve tomá-la novamente? A imunização é 100% garantida no período de 10 anos ou a eficácia da vacina diminui na medida em que o tempo vai passando? A vacina tem cobertura total de 10 anos. Mas não há problema em repetir a vacina caso faltem dois meses para vencer os 10 anos.
18 - Existe a necessidade de algum jejum (de comida ou mesmo bebida alcoólica) para tomar a vacina? Não há qualquer recomendação nesse sentido.
19 - A vacina provoca reações adversas? Sim, qualquer medicamento pode provocar reações adversas. A vacina pode provocar dor de cabeça, febre e mal estar em algumas pessoas.
20 - Se a pessoa perdeu o cartão de vacinação, ela pode ir ao posto se vacinar? Sim.
21 - Os hospitais também estão vacinando? Depende da organização dos serviços em cada município e em cada cidade. Em alguns hospitais há salas de vacinas. Mas geralmente as salas de vacinas estão nas unidades básicas de saúde da família.
22 - Há algum tipo de doença (hipertensão, diabetes, ou outra) que restringe a vacinação? Nessas condições citadas não existem contra-indicações para a vacinação.
23 - Além do Aedes aegypti, outro mosquito transmite a febre amarela? Ele também se reproduz da mesma forma que o da dengue, ou seja, em água parada? Como podemos prevenir a reprodução do mosquito? O aedes aegypti é o transmissor da febre amarela nas cidades. Mas a febre amarela que temos hoje no Brasil é a de transmissão silvestre, transmitidas pelos vetores silvestres chamados haemagogus e sabethes. Prevenir esse mosquito é impossível porque faz parte da natureza e são seres silvestres. A reprodução desses mosquitos está mais ligada ao ambiente silvestre.
24 - Qual é a chance, em porcentagem, de uma pessoa contaminada morrer? A chance é muito elevada se a gente considerar as formas graves da doença, que pode chegar até 100%. Mas se a gente considerar que a febre amarela tem varias formas de apresentação clinica, esse índice se reduz, essa letalidade se reduz a uns 10%. Nos últimos 10 anos, a letalidade foi de 46%.
25 - O que devem fazer as pessoas que não podem se vacinar (grávidas, alergia a ovo etc)? Procurar orientação médica. Em caso de não ter como evitar a permanência em áreas silvestres, a pessoa deve reforçar o uso de repelentes.
26 - Nesta época do ano, muitos brasilienses ainda estão viajando e ainda não retornaram para o trabalho e para o início do ano letivo em Brasília. Dado o período de imunização ser de dez dias após a vacinação, estas pessoas devem se vacinar nas cidades em que se encontram, antes de voltarem a Brasília? É fácil conseguir a vacina em outros estados? Se estiverem em área silvestre consideradas de risco,devem tomar a vacina e as precauções necessárias para evitar a doença.
27 - Como fica a situação das famílias que estão viajando com bebês que têm entre seis meses e um ano? Nacionalmente, é recomendada a vacinação contra febre amarela a partir de um ano de idade. Mas, no DF, este limite foi antecipado para seis meses. Os bebês que tem entre seis meses e um ano e estão viajando poderão ser vacinados fora do DF? Depende da região em que essa criança se encontra. Se ela está em região em que a indicação é a vacinação a partir de seis meses, como em Goiás e DF, então ela deve vacinar a partir dos seis meses de idade.
28 - Recém-nascidos também podem tomar a vacina de febre amarela? Não, Apenas a partir dos seis meses de idade nas áreas de risco e onde há indicação de antecipar a idade vacinal.
29 - Pessoas que farão viagens internacionais e não tomaram vacina antecipadamente podem ser impedidas de viajar por não estar em dia com a vacina? Sim. Se o país para o qual ele se dirige exige a vacinação. Nem todos exigem essa vacinação. A publicação é feita anualmente na pagina da OMS e também na Anvisa. Nem todos os países exigem, mas se você não está com a vacina em dia, você corre o risco de voltar sim.
30 - Como se caracteriza uma epidemia de febre amarela? Quantas pessoas com a doença precisam ser identificadas? A epidemia não se restringe a uma área. Considera-se epidemia quando a doença atinge uma grande parte de municípios, de um estado, outras áreas territoriais e às vezes até de outros estados.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social/Divisão de Imprensa - Ministério da SaúdeTelefone: 61 3315-3507
Fonte: Ministério da Saúde www.saude.gov.br

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cérebro nunca esquece a droga, afirma psiquiatra
Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta: o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga. Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida."Quem usa drogas quer ser super-homem", diz. Kalina já tratou de paciente famosos como a atriz Vera Fischer e o ex-jogador de futebol Diego Maradona. Ele atua na área há 32 anos. Nos últimos tempos, tem-se dedicado a estudar a depressão, sobre a qual prepara um livro.
Seguem trechos de entrevista à Folha:
Folha: Por que a depressão virou a cabeça do homem moderno?
Eduardo Kalina: Os motivos são muitos. Temos uma crise de vida no mundo atual, que criou desenvolvimento e, em lugar de criar felicidade para as pessoas, criou infelicidade. Tudo isso favoreceu depressões. A forma de viver é cada vez menos humana. O uso de tóxicos, álcool, tabaco, café cocaína, estimulantes, tudo isso favorece a depressão. Um fator que provocou o aumento da depressão é o fato de que vivemos cada vês menos humanamente. Cada vez viramos mais máquinas, porque temos muito ou porque temos pouco. O homem virou cada vez mais máquina, e as máquinas precisam de combustíveis especiais.
Folha: Fale um pouco do tratamento que o senhor utiliza.
Kalina: São tratamentos integrais, com exames de diagnóstico complexo, para estudar o que acontece no cérebro sem produzir danos às pessoas e para saber como está o seu equilíbrio neuroquímico. Fazemos um diagnóstico psicológico e psicossocial. Pacientes com desequilíbrios importantes precisam de medicamentos para compensar esses desequilíbrios, que não se corrigem sozinhos.
Folha: O que o senhor chama de lado psicossocial?
Kalina: O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a de desenvolver no meio social. Daí a importância do hospital-dia, com estruturas comunitárias.
Folha: O senhor teve pacientes famosos como Vera Fischer e Maradona. Eles se curaram?
Kalina: Não quero falar deles. Quem usou drogas tem que aprender a viver sem drogas, entre os quais o álcool e o tabaco. Pessoas famosas chegam a acreditar que são super-homens ou super-mulheres e não aceitam os limites: não podem tomar nunca mais álcool. Por isso, muitos voltam à droga. Pessoas comuns que têm recaídas são muitas. Quando um famoso tem recaída, todo mundo fala.
Folha: Há cura para a dependência química?
Kalina: A cura significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o corpo nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.
Folha: O que o senhor acha da descriminação da maconha?
Kalina: Sou contra. As pessoas que defendem isso não se preocupam com saúde pública. Há estudos sobre o poder carcinogenético (causador de câncer) da maconha, que é quatro vezes superior ao tabaco.
Folha: Quem fuma só maconha é dependente?
Kalina: É dependente. Quando a pessoa diz "fumo só maconha", quase nunca é verdade. Ela fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas. Assim como se dizia antes que a consciência é solúvel em álcool, hoje, diz que a consciência é solúvel em maconha.
Folha: O senhor escreveu sobre jovens. O que diria aos pais, principalmente aos que usaram drogas?
Kalina: O papel da família é não seguir a linha "faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.
Folha: O senhor não admite o álcool nem em ocasiões sociais?
Kalina: É preciso saber a diferença. De cada 100 pessoas que bebem, 10 viram alcoólatras. Dos que fumam mais de seis semanas, 60% viram fumantes que não podem parar. A cerveja e o vinho, tomados com moderação, têm efeitos negativos mínimos e certos componentes úteis para a vida. O vinho tem aminoácidos, a cerveja tem vitamina B. O uísque, a cachaça, nada disso tem valor para o organismo.
Maria de Lourdes Garcia RuizCoordenadora do Grupo de Amor Exigente de Marília

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Arrecadação com fumo é 500 vezes maior que gasto
O levantamento, realizado em 179 países, indica que a receita com os impostos sobre o fumo chega a ser 4 mil vezes maior do que os gastos com o controle do consumo nos países de renda média e 9 mil vezes maior nas nações de baixa renda.A proporção é menor nos países mais ricos, onde os impostos sobre o cigarro totalizam uma quantia 340 vezes maior do que os gastos em ações contra o fumo.Segundo a OMS, a principal medida para reduzir o consumo de tabaco seria aumentar os impostos sobre o produto. "Aumentar o preço do tabaco ao elevar os impostos é o modo mais eficaz de diminuir o consumo e incentivar as pessoas a deixar de fumar", diz o documento.O relatório ressalta que um aumento de 70% no preço do tabaco poderia prevenir até 25% das mortes relacionadas ao fumo.EstratégiasAlém do aumento de impostos, o relatório sugere ainda um pacote de estratégias que poderiam ser adotadas pelos governos para controlar o consumo de tabaco.Intitulado MPOWER, o pacote tem como principais medidas monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção, proteger a população da fumaça do tabaco, oferecer ajuda para aqueles que decidem parar de fumar, alertar sobre os perigos do tabaco, reforçar as proibições de anúncios e propagandas e, finalmente, aumentar os impostos ao tabaco.Segundo a OMS, as medidas são simples e podem ser adotadas por todos os países. "Embora os esforços para combater o tabaco estejam ganhando força, todos os países precisam fazer mais", afirma Margareth Chan, diretora-geral da OMS."As estratégias que oferecemos estão ao alcance de todos, pobres ou ricos, e, usadas como um pacote, oferecem a melhor chance para reverter a epidemia do tabaco", acrescenta Chan.EpidemiaO relatório também descreve os esforços e as políticas contra o tabagismo em todos os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas).Segundo o levantamento, atualmente nenhum país cumpre com todas as medidas especificadas no pacote sugerido pela OMS, tampouco as estipuladas pelo Tratato Internacional do Tabaco, de 2005.O documento ressalta ainda que apenas 5% da população mundial vive em países que respeitam pelo menos uma das estratégias sugeridas pela organização. O relatório aponta também uma mudança no padrão da epidemia do tabaco.Segundo a OMS, a epidemia vai atingir mais os países em desenvolvimento, e as estimativas apontam que, de um total de 175 milhões de mortes relacionadas ao fumo previstas até 2030, 80% devem atingir pessoas em países em desenvolvimento.De acordo com a OMS, as empresas tabagistas têm como principal alvo os jovens destes países.BrasilOs esforços do governo brasileiro para combater o consumo de tabaco são destacados pelo documento. Entre as principais iniciativas, a OMS ressalta as fotos impressas nas embalagens de cigarro como "uma importante fonte de informação para fumantes jovens e para analfabetos".O documento ainda afirma que o governo começou a financiar os tratamentos para os que decidem parar de fumar em 2004.Segundo o relatório, entre 2004 e 2006, 22 dos 27 Estados brasileiros ajudaram 50 mil pessoas a largar o vício - das quais 45% usaram medicamentos e 40% continuaram sem fumar depois de quatro semanas.Apesar disso, diz a OMS, o preço do maço de cigarro no Brasil é o segundo menor das Américas, acima apenas do preço cobrado no Paraguai.Autor: BBC Brasil OBID
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

ABSTINÊNCIA NARCÓTICA

Abstinência Narcótica
Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma sequência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica.As primeiras 4 horas de abstinência- Ansiedade, comportamento de procura da drogaAs primeiras 8 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geralAs primeiras 12 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 18-24 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal
As primeiras 24-36 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base
Síndrome de abstinência no recém-nascidoCostuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido
(Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

VACINA CONTRA DROGAS

Pesquisadores criam vacina contra drogas
Chicago, EUA- Pesquisadores desenvolveram uma vacina promissora contra a dependência das drogas, que impede o corpo humano de sentir os efeitos da substância ingerida, disse um dos autores do estudo.A vacina obriga o sistema imunológico a reconhecer a droga como um corpo estranho e a atacá-la, detalhou Thomas Kosten, professor de Psiquiatria e de Neurociência do Baylor College of Medicine, em Houston (Texas, sul dos EUA), que trabalha nessa vacina desde 1995.O paciente recebe uma versão modificada da droga, à qual está agregada uma proteína que o corpo reconhece como uma ameaça, completou, em entrevista por telefone à AFP. ´´O corpo, então, diz: ´é um elemento estranho. Tenho de começar a fabricar anticorpos´´´, explicou o especialista.A esperança é que esta vacina possa permitir evitar que as pessoas caiam em uma espiral de dependência em casos de recaída.Os resultados mais promissores foram constatados com a cocaína, mas os pesquisadores esperam que a vacina possa, um dia, ser utilizada para o vício em metanfetaminas, heroína e até cigarro.´´A vacina diminui, progressivamente, a quantidade de cocaína que atinge o cérebro´´, relatou Kosten, acrescentando que ´´é um processo lento, e os pacientes não sofrem síndrome de abstinência´´.Em caso de uso da droga, ´´gradualmente, o nível dos anticorpos se elevaria. Se você continuar a usar (cocaína), os efeitos serão cada vez menos fortes´´, disse o cientista.Segundo ele, os testes da vacina contra o vício em coca incluíram uma série de cinco injeções, por um período de três meses.A vacina ainda deve ser experimentada em uma escala maior, antes de dar início ao processo que visa à aprovação da FDA, a agência americana que controla o setor de remédios e produtos alimentares nos Estados Unidos, frisou Kosten.Uma vacina similar para a dependência do cigarro já está sendo desenvolvida por vários grupos de pesquisadores europeus, mas a de Kosten, para a cocaína, é a mais avançada, de acordo com o próprio cientista.Autor: Geral OBID
Fonte: Folha de Londrina-PR/France Presse