quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fumante tem pele mais enrugada e acizentada do que não fumante
Para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto de 2008, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza a campanha "Pare de fumar ou sinta na pele", com o objetivo de esclarecer a população sobre o fumo e suas conseqüências na pele. O tabagismo é um dos maiores problemas de saúde, principalmente, nos países ocidentais. Está relacionado a muitas doenças crônicas, tais como pulmonares, cardiovasculares e alterações da pele. Estudos mostram que as fibras elásticas da pele são afetadas em 100% dos pacientes fumantes. No estudo foi observado que os fumantes têm rugas mais pronunciadas do que as dos não fumantes, 90% e 52%, respectivamente, o que é condizente com a literatura. Segundo o coordenador da campanha dr. Marcus Maia, a pele do fumante fica mais envelhecida porque sofre liberação de radicais livres que causam danos à pele. "A expressão clínica das alterações cutâneas causadas pelo tabagismo foi evidenciada por vários trabalhos. A face do tabagista é definida por aparência acinzentada da pele, com rugas, vincos, linhas nos cantos dos olhos, ao redor dos lábios, numerosas linhas superficiais nas bochechas e região mandibular, proeminência óssea, aprofundamento das bochechas e atrofia da pele", explica. Além disso, fumar causa mais alterações na face do que os efeitos do sol excessivo. O objetivo do estudo realizado pela Santa Casa de São Paulo foi testar a hipótese de uma associação temporal entre o grau de alterações da pele ? "faces de tabagismo" ? e a intensidade da doença pulmonar (enfisema). O estudo confirmou que o tabagismo foi fator de risco independente para presença de alterações características na pele. De acordo com os resultados, houve correlação direta entre o grau de obstrução pulmonar e as alterações na pele. "Atualmente, com a importância cada vez maior que o corpo e a beleza exercem sobre a sociedade, esse fato pode contribuir na luta mundial de combate ao tabagismo. Além disso, especula-se que a pele poderia ser marcador clínico para um futuro desenvolvimento de DPOC (enfisema)", afirma o dr. Marcus Maia.
Autor: Últimas NotíciasOBID
Fonte: ABEAD

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Cigarro dos outros mata 7 por dia no país, diz estudo
Tabagismo passivo faz 2.655 adoecerem por ano.A cada dia, pelo menos sete brasileiros morrem por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça de cigarro. Segundo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, 2.655 não-fumantes, no mínimo, morrem no Brasil todos os anos por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. Mulheres morrem mais (60,3%). Como a pesquisa se limitou a ambientes domésticos urbanos, a extensão pode ser bem maior. ? Se fossem incluídos os ambientes de trabalho, o número de mortes seria certamente mais expressivo ? diz o diretor do Inca, Luiz Antonio Santini. Foram pesquisadas apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto) e acidentes vasculares cerebrais. Definiu-se como fumante passivo aquele que nunca fumou e que mora com pelo menos um fumante. Não fizeram parte da população avaliada fumantes e ex-fumantes. A faixa etária estabelecida foi de 35 anos ou mais. ? Os agravos que estudamos dependem da exposição cumulativa do indivíduo à fumaça do tabaco ? explica Valeska Figueiredo, pesquisadora do Inca que coordenou o estudo com Antonio José Leal Costa, da UFRJ. A pesquisa, inédita no país e, segundo o Inca, uma das primeiras no mundo, é uma das ações pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, este ano com o tema "Ambientes 100% livres de fumo: um direito de todos". ? Fica comprovado que ambientes específicos para fumantes não têm resultado ? ressalta Santini.
Autor: Editoria O PaísOBID
Fonte: O Globo - RJ

sábado, 23 de agosto de 2008

Trânsito: projeto pode criar 'lei seca do cigarro

Marina Mello
Direto de Brasília

A "lei seca dos cigarros", um projeto que proíbe o motorista de dirigir fumando, está em tramitação na Câmara dos Deputados. Apesar das críticas que acompanham a idéia, para o autor da proposta, deputado Dr. Talmir (PV-SP), o momento atual de grande repercussão em torno da queda de acidentes provocada pela lei seca torna propícia a aprovação do projeto que proíbe o cigarro para quem está ao volante.

"Quando o projeto da lei seca foi aprovado na Câmara, nem nós acreditávamos que iria dar tão certo. O mesmo pode acontecer com a lei que proíbe o cigarro", disse.

O deputado, que também é médico, explica que a proibição iria reduzir o número de acidentes porque, segundo ele, o motorista que fuma inevitavelmente acaba se desconcentrando porque sempre precisa procurar o isqueiro para acender o cigarro e ainda bater as cinzas que muitas vezes voam e queimam o estofado do veiculo.

"Muitos acidentes já foram provocados por causa disso. O fumante se desconcentra o coloca a vida dele e de outras pessoas em risco", explica.

Além disso, ele ressalta o aspecto ambiental da medida, já que, de acordo com o parlamentar, quase ninguém apaga o cigarro e deixa a ponta dentro do carro para depois jogá-la no lixo. "O motorista fumante provoca boa parte das queimadas de beira de estrada em período de seca e mesmo que isso não aconteça, uma bituca leva anos para se decompor."

O deputado explica que, como a atual legislação obriga o motorista a dirigir com as duas mãos no volante, o projeto apresentado foi em caráter conclusivo, ou seja, não precisa ser votado no Plenário da Casa para virar lei.

Ele foi protocolado na Mesa Diretora e vai passar por três comissões (de Transporte, Seguridade Social e Justiça e Cidadania). A idéia é que depois disso o código de trânsito seja mais claro e estipule a punição específica para o cigarro.

Mas no decorrer de toda a tramitação, o projeto deverá ser alvo de críticas de diversos setores, conforme prevê o próprio autor da proposta. "Certamente, a Câmara ficará lotada de lobistas da indústria de cigarros, mas pretendo combatê-los para aprovar a matéria", afirma ele.

Entre as pessoas ouvidas pela reportagem, as opiniões estão divididas. "A idéia é absurda, chega a ser ridícula. Não dá nem pra imaginar um guarda me multando por causa de um cigarro", critica o estudante Marcelo Cordeiro, que é fumante.

Já o publicitário Marcelo Bressan apóia a idéia. "Uma vez estava dirigindo ao lado de um senhor que fumava quando bateu um vento e a brasa do cigarro caiu no colo dele", diz.

O especialista em trânsito Paulo Cézar Marques, professor de engenharia da Universidade de Brasília, demonstra preocupação com o projeto de lei. "Como o código de trânsito já proíbe que se dirija com uma mão só, meu medo é que fiquemos obrigados a especificar tudo, tipo: não pode fumar, não pode comer, etc", pondera.

De acordo com ele, o ideal seria o governo primeiro bancar uma campanha explicando os riscos em torno de se dirigir fumando para depois começar a multar aqueles que insistirem em fumar dirigindo. Ao ser questionado sobre como seria chamada a lei entre a sociedade, o professor diz em tom de brincadeira: "seria a lei seca do cigarro ou a lei anti-fumaça".

fote: site terra

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Atendimento em hospitais cai 43,5% após a Lei Seca
Casos baixaram de 16.565 para 9.364 em 30 hospitais da região metropolitana Análise foi feita comparando os atendimentos nos dois meses seguintes à nova medida com igual período do ano passado.Um novo balanço confirma a tendência de queda das vítimas de acidentes viários na Grande São Paulo depois da lei seca, que estabeleceu regras mais rígidas aos motoristas alcoolizados a partir de 20 de junho. O levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta uma redução de 43,5% nos atendimentos hospitalares a acidentados no trânsito nos dois meses seguintes à nova medida, na comparação com igual período do ano passado. O número de acidentados caiu de 16.565, em 2007, para 9.364, em 2008, em 30 hospitais com serviço de pronto-socorro da região metropolitana. Em relação aos dois meses anteriores à vigência da lei seca, a diminuição chegou a 49,2%. O balanço da pasta, ligada ao governo José Serra (PSDB), mostra que a quantidade de atendimentos a vítimas de batidas entre veículos, quedas de moto ou atropelamentos no segundo mês da medida (entre os dias 21 de julho e 17 de agosto) foi de 4.915, 10,5% superior aos 4.449 do primeiro mês (entre 19 de junho e 20 de julho). O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, atribui a variação à sazonalidade -há mais veículos nas ruas em agosto, porque julho é mês de férias escolares. Em 2007, houve essa mesma tendência no período entre julho e agosto, com alta de 13% nos atendimentos hospitalares. A possibilidade de um relaxamento futuro da lei seca é alvo de preocupação de analistas, assim como ocorreu nos anos seguintes à implantação do código de trânsito de 1998. "Se a população perceber que não há um controle efetivo, a população se acomoda e a lei cai no descrédito", afirma José Montal, ligado à Abramet (associação de medicina de tráfego). "A lei seca continua em exposição e a fiscalização se manteve rigorosa. Portanto não houve relaxamento. As pessoas ainda comentam nas ruas e de fato estão mais cuidadosas", escreveu à Folha Barradas Barata. As estatísticas sobre a dimensão do impacto da lei seca na queda de acidentes e mortes ainda não são consensuais. A Polícia Rodoviária Federal identificou redução de 12%, ante 2007, nas mortes nas estradas federais nos primeiros 30 dias após a medida. Já os dados da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo foram menos favoráveis -a queda se restringiu a 1,04%, de 193 para 191, no mês de julho na malha paulista. Especialistas ressalvam que a frota do Estado em um ano cresceu 7%. Avaliam também que as análises devem considerar vários indicadores -já que um único grande acidente poderia afetar as conclusões. Os números de atendimento a vítimas de acidentes de trânsito nos quatro hospitais de referência da rede municipal de saúde apresentaram redução de 30% em julho e nos primeiros 13 dias de agosto em relação ao mesmo período de 2007.O IML (Instituto Médico Legal) também divulgou dados sobre as mortes na capital apontando redução de até 63% em finais de semana. Segundo técnicos, uma das hipóteses para os dados na região metropolitana indicarem melhoria superior à das estradas é a possibilidade de a lei seca ter menos impacto no interior, onde as ações de fiscalização e exposição do tema não foram tão freqüentes quanto nos principais centros urbanos. O secretário Barradas Barata diz haver mais dificuldade para reduzir as mortes nas rodovias porque os acidentes são mais violentos, devido à velocidade.
Autor: Alencar Izidoro OBID
Fonte: Folha de S.Paulo-SP

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uso de álcool e drogas é a principal causa de internação
Em cada oito pacientes que dão entrada no Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, quatro deles têm o álcool ou entorpecentes como causadores dos distúrbios sofridos. Desses, cerca de 20% conseguem ser reintegrados à sociedade. Os dados mostram que, na atualidade, a bebida e a droga ocupam espaço cada vez maior no comprometimento da saúde mental do indivíduo, segundo profissionais da instituição. Entre as drogas mais recorrentes estão a maconha, a merla e o crack, havendo, ainda, a dependência em relação às mais diversas bebidas. "Temos pacientes de todas as faixas etárias, mas prioritariamente de baixa condição social. Entre 10 deles, mais ou menos sete vêm do interior", declarou o enfermeiro Paulo Neto. Segundo ele, o horário de maior demanda é entre 10h e meio dia. "Os internos por disfunções causadas por álcool e drogas são trazidos pela família ou, quando estão nas ruas, por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), agentes da Prefeitura e mesmo pelo Corpo de Bombeiros", detalhou. Ainda segundo Neto, os sintomas apresentados pelos ingressos são os mais diversos. "Taquicardia, ansiedade, irritabilidade, alucinações, torpores, alterações repentinas de comportamento e psicoses estão entre os mais comuns. É importante lembrar que o álcool e as drogas afetam violentamente o sistema nervoso, podendo conduzir, em casos mais sérios, a graves disfunções mentais e/ou psicossomáticas ou agravar distúrbios mentais e psicossomáticos já presentes", avaliou o enfermeiro. Ao dar entrada no Hospital Nina Rodrigues, o paciente é avaliado por 72 horas na emergência. "Dependendo do resultado, ele pode fazer tratamento ambulatorial algumas vezes por mês à base de medicamentos, ser permanentemente internado na chamada "pensão protegida" (casos mais graves) ou encaminhado ao Centro de Assistência Psicossocial (Caps)", explicou a coordenadora do Caps do Hospital Nina Rodrigues, Arlete Cutrim."Eles passam o dia aqui e vão para casa à noite. O período de recuperação depende de cada caso", completou ela. Ressocialização De acordo com a coordenadora do Centro de Assistência Psicossocial (Caps) do Hospital Nina Rodrigues, Arlete Cutrim, o centro é mais que um ambiente de acompanhamento do indivíduo. "É um instrumento para recuperar a integridade sociopsíquica do interno, por meio de atividades ressocializantes que beneficiam tanto a sociedade quanto o paciente", observou ela. Conforme informou a assessoria do Hospital Nina Rodrigues, há dois Caps em São Luís, um municipal e outro estadual. Dos cerca de 130 acompanhados pela unidade estadual, que funciona no Nina Rodrigues, 90% têm as drogas como causa dos problemas de saúde. "À medida que é feito o tratamento farmacológico, os pacientes cursam várias oficinas, como serigrafia, culinária, marcenaria, corte e costura, salão de beleza e outras", informou o enfermeiro Paulo Neto. José Augusto Viana, 40 anos e natural de Viana, disse que foi internado no Hospital Nina Rodrigues em 2001. "Eu fui usuário de maconha e merla por mais de 10 anos e bebia muito. Cheguei aqui em estado deplorável, sentia todo tipo de mal estar físico e psicológico, com alucinações e ansiedade", lembrou. Segundo ele, o tratamento farmacológico durou nove meses. "Com o auxílio da terapia ressocializante, venci por completo o vício. Estou há sete anos muito bem, graças a Deus e sou funcionário daqui, ministrando oficinas de artes", comemorou. José Augusto destacou que já fez exposições como artista plástico e tem procurado mais campo de trabalho no ofício
Autor: Editoria CidadesOBID
Fonte: O Estado do Maranhão - MA